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Segundo estudo divulgado em fevereiro pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, as cotações da mandioca iniciaram o ano em forte queda em função do aumento de oferta. De acordo com o acompanhamento de preços realizado pela instituição, a redução média no valor do produto base foi de quase 8% em janeiro frente a dezembro do ano passado.
Segundo os pesquisadores, essa queda no preço da raiz foi ocasionada pelo aumento de oferta. Isso porque produtores que necessitavam liberar espaço para outras culturas realizaram a colheita neste início de ano. “Vale ressaltar, ainda, que parte da indústria de fécula esteve em recesso no início de 2014 e as farinheiras reduziram o ritmo de produção, minimizando a disputa pela matéria-prima”, esclarecem os analistas de mercado.
Mas, mesmo em queda, o valor médio da tonelada ainda está bastante elevado e superou em quase 50% o valor cobrado, em termos reais, em janeiro de 2013. A valorização do produto, que bateu recordes de preço ao longo do ano passado, teve origem em uma queda na produção da mandioca e na manutenção de demanda das empresas elevada.
Neste cenário, segundo os especialistas do Cepea, as baixas indicam que o mercado busca um patamar de preço que viabilize a industrialização e, ao mesmo tempo, mantenha a rentabilidade dos agricultores. Com isso, a desvalorização da mandioca deve seguir até meados de abril, embora a média de preço ainda deve continuar atrativa ao produtor. Mesmo assim, a área destinada à cultura pode se reduzir na próxima safra, já que os custos, especialmente com arrendamento, já estão maiores.