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Em entrevista ao Boletim da Indústria, o presidente do Simp, Roland Schurt, comenta sobre as ações que foram destaque no sindicato no ano passado, as perspectivas do mercado para este ano e os principais desafios do setor. Confira a seguir:
Boletim da Indústria – Quais ações do sindicato podemos destacar no ano que passou?
Roland Schurt - No ano passado foram implantadas várias ações para melhorar o setor. Por exemplo, o planejamento estratégico para curto e longo prazos que foi elaborado com o apoio da Fiep e irá orientar as ações do sindicato nos próximos meses e anos. Outro ponto de destaque são os contatos que temos tido com o Ministério Público do Trabalho com relação à regularização da mão de obra no campo, que é um processo mais longo. Se iniciou no ano passado e que irá se estender por este ano. Teremos em março uma audiência pública para fazer uma avaliação sobre como proceder. O importante é que o Ministério Público e os agricultores vão se unir para buscar a melhor solução.
Nós mantemos as reuniões semanais que são importantes para os empresários fábricantes de fécula e de farinha discutirem todas as questões relacionadas ao mercado, preços e as estratégias de mercado.
Boletim da Indústria - Como o senhor avalia o mercado para o setor em 2013 e quais as perspectivas para 2014?
Roland Schurt – O ano passado foi um ano atípico até, com o preço muito alto da mandioca em função da seca do Nordeste. Em 2013, a mandioca chegou a R$ 600 a tonelada, o que ficou um pouco difícil para o mercado atuar. A perspectiva para este ano é de que os preços devem baixar um pouco, mas talvez não muito ou de forma tão acelerada. Até meados deste ano devem ainda continuar estáveis e no segundo semestre devem cair um pouco. O plantio no ano passado foi em torno de 30% maior se considerarmos São Paulo, Paraná e Mato Grosso, o que nos dá uma perspectiva de uma safra maior.
Boletim da Indústria – Quais são os desafios que o setor ainda precisa enfrentar?
Roland Schurt – Um dos grandes desafios é a falta de mão de obra no campo. Visitei algumas fazendas recentemente e não há trabalhadores. Geralmente se fala em falta de mão de obra especializada, mas neste caso mesmo o trabalhador braçal, do campo, está cada vez mais escasso.
Para resolver essa situação ou amenizar seria necessário implantar maquinário no campo, como a colheitadeira de mandioca. É uma máquina que está em desenvolvimento e já há quatro projetos nos quais a Abam (Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca) está custeando e algumas delas já estão em estágio bem avançado de desenvolvimento, indo para testes em campo. Este é um dos grandes desafios.
Boletim da Indústria – E qual sua avaliação da participação das empresas no contexto sindical? Por que essa participação é importante?
Roland Schurt – A gente percebe que os associados estão cada vez mais engajados, uma vez que através do sindicato se consegue resolver muitas coisas que de maneira individual nenhuma empresa conseguiria resolver. São forças unidas que acabam definindo os objetivos principais e encaminhando junto às instituições necessárias. Um exemplo é a Logística Reversa, que só as grandes empresas conseguiriam resolver, mas por meio do sindicato as pequenas e médias empresas associadas ou que se associarem ao Simp também estarão adequadas.