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A Devechi Alimentos é uma empresa em crescimento. Para o próximo ano, novos equipamentos adquiridos devem ampliar em 30% a capacidade produtiva da indústria, que processa atualmente 1,7 mil toneladas de mandioca em raiz por mês. A área construída também está crescendo e deve atingir 1.350 metros quadrados no próximo ano, após o término das obras de expansão.
O resultado é fruto do conhecimento profundo do campo dos fundadores da indústria, que começaram a atividade no plantio da mandioca no final da década de 80. Em meados de 1994, como forma de incrementar a renda originada na lavoura, o patriarca da família João Devechi e os filhos João, Antonio e Nivaldo fundaram a Farinheira Devechi.
De lá para cá, a empresa seguiu um caminho de expansão. Se no início contavam com apenas seis funcionários e usavam matéria-prima da propriedade, em 1997 o aumento da demanda fez com que os empreendedores começassem a adquirir as raízes de outros produtores da região.
O mix de produtos também foi se modificando. Inicialmente a indústria produzia apenas farinha crua. Em 2002 iniciou a produção de farinha torra e, em 2006, de polvilhos azedo e doce. Buscando ampliar ainda o mercado, a empresa passou a fabricar em 2012 a fécula, para atender atacados, empacotamentos e outros segmentos em várias regiões do Brasil.
E a aceitação da fécula está sendo tão boa que pode se tornar o carro-chefe da empresa no próximo ano, como conta o diretor Nivaldo Devechi. “Hoje a nossa maior venda ainda é a farinha devido, sobretudo, à demanda do Nordeste. Mas, a tendência para o próximo ano é que a expansão na venda da fécula pode torná-la o carro-chefe da empresa”, afirmou.
Os produtos da empresa são distribuídos para várias regiões brasileiras, em especial Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Brasília, além de uma parte do Nordeste. Com quase todo o transporte realizado por meio rodoviário, a empresa está investindo também em uma frota própria de caminhões, que hoje já transporta 40% da produção.
“Esse ano foi um ano bom e esperamos para 2014 também um ano de avanço”, avalia o diretor. Segundo ele, o principal desafio enfrentado pela indústria é conciliar os altos preços da mandioca, que está em falta no mercado, com a expansão. “A gente teme perder um pouco da fatia de mercado da fécula de mandioca para o amido de milho, que está com um preço inferior”, contou. Ele explica que o baixo preço da mandioca fez com que os produtores reduzissem a produção nos últimos dois anos e impulsionasse o preço para cima, situação que neste ano foi agravada por uma seca no Nordeste do país.
Para Nivaldo Devechi, participar do sindicato é essencial para que a indústria possa se unir e lutar pela valorização do produto e por medidas, como o enriquecimento da farinha de trigo com produtos da mandioca, que deve ser anunciada em breve pelo Governo Federal. “O sindicato tem aberto as portas para a gente e trazido muitas informações em relação a assuntos como a redução do ICMS, por exemplo. E isso só se consegue através do sindicato porque uma indústria sozinha não tem essa força de negociação”, avalia.