"Através do associativismo nos tornamos competitivos e representativos"
Presidente relembra a trajetória de conquistas do sindicato e lança metas para atender as necessidades e expectativas dos
associados
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O presidente Roland Schurt acompanha as ações do
sindicato há 17 anos (Foto: SIMP)
Em setembro, o Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP) completou 20 anos de atuação.
Juntamente com a data simbólica comemorou-se também a representatividade alcançada durante essa trajetória
e a qualificação e competitividade alcançada pelas 50 empresas que atualmente são associadas ao
SIMP. Conquistas como isenção de impostos para indústria, negociações com entidades e órgãos
públicos e estudos científicos trouxeram inúmeros benefícios aos empresários da região,
que tem podido contar com a força do sindicato a favor das causas da categoria.
A colaboração de cada presidente e diretor foi primordial para a consolidação do SIMP, em
especial a do atual presidente, Roland Schurt, que acompanha de perto as ações do sindicato há 17 anos,
desde que montou sua própria empresa. Schurt foi introduzido no setor pelo pai, e com apenas 10 anos já contemplava
o futuro promissor que o ramo da fecularia lhe reservava. O amadurecimento veio com o tempo, a partir da experiência
que teve na gerencia de fecularias no estado de Santa Catarina e Paraná, até montar seu próprio negócio
e, em 2013, assumir o comando do SIMP, em Paranavaí.
Como faz para conciliar o engajamento nas causas industriais e as atribuições dos seus negócios?
Não é fácil e as dificuldades existem, mas o sindicato é composto por uma diretoria consistente
que me dá um bom suporte sempre que necessário. Ainda contamos com o auxilio eficiente de nossa Secretária
Executiva que tem muitos anos de experiência no sindicato.
Qual a importância das empresas se filiarem a sindicatos?
Uma empresa sozinha será sempre uma, associada a um sindicato, ela representará todo um setor e será
vista com outros olhos perante a classe política, econômica e etc.
O que o SIMP tem feito para estimular o associativismo empresarial? Destacaria alguma ação?
O associativismo é fundamental em qualquer setor, e também no nosso, de modo especial, pois é um
mercado muito disputado. Sabemos que só através do associativismo nos tornamos competitivos e representativos.
Como tem sido a articulação com o governo para melhorar a competitividade da indústria no
estado?
A articulação tem sido bastante satisfatória. Estamos recebendo um grande apoio do Procurador do
Trabalho da nossa região, no sentido de melhorar e regularizar o registro de pessoas que trabalham no campo desde o
plantio até a colheita da mandioca. Temos contato com representantes políticos para conquistar melhorias para
o setor junto às câmaras de deputados a nível estadual e federal.
O que faz do SIMP um sindicato forte e representativo, que completou 20 anos recentemente?
Acredito que seja a busca diária de melhorias para toda a cadeia produtiva da mandioca, que engloba o trabalhador
da indústria e do campo, o empregador, a indústria, seus fornecedores e consumidores e o meio ambiente.
Quais as principais conquistas do SIMP?
Assumi o SIMP a partir desta gestão, mas posso garantir que foram muitas as conquistas obtidas com a colaboração
de cada presidente e diretores que o sindicato teve até hoje. Atualmente contamos com ótimos equipamentos e
instalações onde podemos nos reunir com nossos associados. Uma conquista que foi fundamental foi a do incremento
do quadro de sócios, hoje com 50 associados, o que nos faz muito fortes e representativos. Com esta representatividade,
obtivemos novas conquistas como: benefícios de redução ou isenção de ICMS; isenção
de recolhimento de taxas errôneas e injustas impostas às indústrias; negociações com o Ministério
Público do Trabalho; estudo de ações da Política de Logística Reversa; negociações
de piso salarial com os sindicados das indústrias alimentícias do Paraná, entre outros.
Como avalia estes primeiros meses à frente do sindicato? Destacaria algum resultado que foi obtido nesta
atual gestão?
Presidir um sindicato como o nosso não é tarefa simples, pois ainda é necessário fazer um
trabalho de sensibilização junto a alguns industriais que ainda pensam que o sindicato patronal não está
presente ou exista para explorar a indústria. Quando na verdade o sindicato patronal vem ao encontro das necessidades
da indústria com intuito de amparar e orientar. Está sendo um desafio e já temos bons caminhos para fazer
as ações acontecerem. Um bom resultado foi que iniciamos o Planejamento Estratégico do SIMP para 2014,
acredito que este planejamento será nossa bússola.
Quais são as metas a serem alcançadas nos próximos anos?
As necessidades do setor são inúmeras e a vontade de realizá-las também é grande,
porém, novas ações demandam investimentos. Por meio do nosso Planejamento Estratégico, identificamos
várias ações a serem implementadas: a viabilização de assessor em Brasília para
tratar dos interesses da classe alimentícia por meio de braços da indústria paranaense (federação
e confederação); pedido junto ao Governo e Federação da Agricultura do Paraná de aprovação
da terceirização na contratação de mão de obra para o campo; trabalhos no sentido de angariar
verbas governamentais para projetos de inovação, como novos maquinários ou projetos de pesquisas; treinamentos
para micro e pequena empresa; treinamento sindical para a diretoria e futuros presidentes do SIMP, entre outras ações.
Quais os maiores desafios que o setor enfrenta atualmente?
Acredito que um grande desafio que o setor enfrenta atualmente seja a burocracia na contratação da mão
de obra para o campo. Porém, temos realizado várias ações, encontros, reuniões e seminários
neste sentido e estamos contando com a orientação e colaboração da própria Procuradoria
do Trabalho, por meio Ministério Público do Trabalho, para solucionar esse impasse. Está havendo bom
senso de ambas as partes porque a intenção é uma só: beneficiar o trabalhador do campo que é
o braço da indústria.