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A Prefeitura de Sidrolândia (MS) está negociando a instalação de uma unidade da Ramos Fecularia, de Ivinhema, e, assim, pretende estimular a produção de mandioca nos assentamentos. A lavoura é rentável mesmo em áreas de dois a três hectares, compatíveis com o tamanho dos lotes dos pequenos agricultores.
A nova indústria terá capacidade para processar 100 toneladas de mandioca destinada à produção de polvilho doce e fécula. Serão usados equipamentos de uma unidade do Paraná, pertencente ao mesmo grupo, que está desativada. Atualmente a Sidrolândia tem 305 hectares de área plantada de mandioca, especialmente nos assentamentos Capão Bonito e Barra Nova.
Toda a produção, em torno de 15 mil toneladas, é absorvida por indústrias de Ivinhema, Deodápolis e Glória de Dourados, gerando um custo de R$ 55,00 por tonelada pelo frete para levar a produção até as indústrias que ficam a 270 quilômetros daqui. O secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Di Cezar, calcula que com uma produtividade média de 40 toneladas por hectare, o produtor consegue ter um faturamento bruto de R$ 12 mil, quatro vezes maior que o da soja, por exemplo. As indústrias estão pagando aos produtores R$ 300,00 por tonelada.
Na sexta-feira o prefeito de Sidrolândia, Ari Basso, e outras autoridades acompanharam o presidente da Cooperativa do Vale do Ivinhema, Renato Câmara, numa visita a regiões produtoras do município. Eles estiveram no lote de José Milton, no Assentamento, que mesmo sem os recursos do Pronaf, depois de seis anos, conseguiu atingir 100 hectares de lavoura, agregando aos sete hectares do seu lote, as parcelas dos vizinhos que ele arrenda, pagando 30% do valor da sua produção.
Coma produção, seu faturamento bruto é de R$ 1,2 milhão por safra, mas a margem de lucro é reduzida pelo custo do frete (os já mencionados R$ 55,00 por tonelada), e os 30% do arrendamento. Ele comemora a chegada de uma fecularia em Sidrolândia. “Vamos economizar no frete e com isto, muito mais gente vai produzir”, acredita.
O secretário Di Cezar diz que a vinda desta indústria é estratégia para dar ao assentado uma alternativa de renda com o cultivo de uma área pequena. “Estamos nos empenhando também para trazer uma torrefação que incentiva o plantio de café e uma indústria para processar o urucum, um corante natural, bastante valorizado”, enfatiza.