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A presidente Dilma Rousseff vetou parcialmente o projeto de lei que previa a isenção do PIS/Pasep e do Cofins sobre produtos da cesta básica. Como resultado, a alíquota zero para a venda do amido e do polvilho, derivados da mandioca, não foi aprovada.
O presidente da Associação dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), João Eduardo Pasquini, disse que recebeu a notícia do veto com surpresa, por se tratar de uma demanda antiga do setor. “Os encargos são muito pesados para os produtores, as indústrias e os consumidores finais.”
Na avaliação de Pasquini, o fato de haver uma extensa lista de produtos que poderiam ficar isentos do PIS/Pasep e do Cofins pesou na decisão da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, muitos itens não tinham relação alguma com a cesta básica. Agora, a expectativa é que novas articulações do setor mandioqueiro surtam resultado positivo. “Vamos continuar trabalhando. Há boa vontade do Governo Federal em ajudar e nós estamos otimistas”, diz o presidente da Abam.
Para Pasquini, os preços precisam ser reduzidos, uma vez que a cadeia produtiva da mandioca gera milhares de empregos. “A maior parte da produção vem de pequenos produtores, da agricultura familiar e dos assentamentos”.
No Paraná, por exemplo, até o final de 2014 a alíquota de ICMS permanecerá em 2%, um índice baixo e favorável à produção da raiz, avalia Pasquini. Já o PIS/Pasep e o Cofins somam 9,25%, o que o presidente da Abam considera muito alto para o setor.
No mês passado, ele encaminhou ofícios aos ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Paulo Bernardo (Comunicações), pedindo apoio político para a aprovação do projeto referente à isenção tributária sobre a mandioca.
Se for aprovada, a proposta beneficiará de forma decisiva o Paraná, Estado com a segunda maior produção do Brasil. É também o maior produtor de fécula, amido e polvilho de mandioca, respondendo por 70% do que é produzido no país.