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A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, localizada em Cruz das Almas (BA), está reforçando o uso correto da manipueira na nutrição animal. O líquido é resultado do beneficiamento da mandioca e depois de tratado pode ser servido como suplemento nutricional para ruminantes. Utilizar o produto na alimentação do rebanho é também uma forma de destinar de maneira sustentável o efluente.
Há algum tempo a Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical vem realizando trabalhos e pesquisa sobre o aproveitamento da manipueira. O caldo aumenta a produtividade leiteira das vacas e cabras e é rico em nutrientes, como sais minerais e vitaminas. Mas o produtor precisa preparar a manipueira e os animais antes de servir.
Preparo – No processamento da raiz, a mandioca é descascada, ralada e prensada. O líquido resultante da última etapa, a manipueira, deve ser armazenado. Ela não pode ser consumida imediatamente, pois contém grande concentração de ácido cianídrico, que é venenoso. O caldo deve ficar descansando em recipiente aberto, após cinco dias para que a substância tóxica evapore naturalmente.
Também é preciso preparar o animal que irá consumir a manipueira. O ruminante deve ser alimentado durante 30 dias com partes da planta da mandioca. Vale lembrar que todas as partes da mandioca contêm ácido cianídrico e por isso devem secar ao sol durante dois dias antes de serem servidas. “É importante também fazer um teste com os animais para observar se estão aptos a serem alimentados com manipueira”, afirma o agrônomo Mauto Diniz. Para realizar o procedimento basta fornecer cinco litros do produto por cabeça durantes três dias. Se aparecerem sintomas de intoxicação aquele animal não deve ser alimentado com o caldo resultante do processamento da mandioca. Para os animais que passam pelo procedimento sem problemas não há limite de quantidade de manipueira que ele pode consumir.