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Para acabar com a imagem de vilã dos eucaliptos, a Fibria estimula a produção de alimentos de mel a mandioca em suas áreas de florestas
O eucalipto, planta nativa da Austrália, costuma causar arrepios nos ambientalistas pela forma avassaladora com que ocupou extensas áreas no Brasil para abastecer a indústria de celulose e papel. Por seu impacto no ambiente, como a redução da biodiversidade, a cultura do eucalipto deu origem até mesmo à expressão "deserto verde". A Fibria, maior produtora mundial de celulose branqueada, usada na fabricação de diversos tipos de papel, tenta combater essa imagem negativa com projetos de geração de renda para as com unidades vizinhas às plantações. A ideia é proporcionar segurança alimentar e renda. "Queremos acabar com a imagem de que o eucalipto só serve para a produção de celulose", diz Marcelo Castelli, que assumiu a presidência da Fibria em julho.
Uma das frentes de atuação é a apicultura. Em todo o país, 584 criadores de abelha produz em mel em florestas de eucalipto da Fibria. Na unidade paulista de Jacareí, no interior de São Paulo, só neste ano foram obtidos 46000 quilos de mel com o selo do IBD, que garante a procedência orgânica do produto. Em outros 4000 hectares, 230 famílias-produzem alimentos como milho, feijão e frutas em consórcio com o eucalipto. Hoje, em cada safra, uma família de agricultores pode colher até l00 quilos de feijão,150 quilos de milho e 4000 quilos de mandioca no meio hectare que a Fibria cede aos participantes do projeto. "Dá para ganhar dinheiro com preservação ambiental. Mas não podemos pensar em preservar e ficar só olhando a mata", diz Castelli. "Precisamos fazer com que a floresta gere uma renda para as famílias."