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Parte aérea da mandioca tem potencial na alimentação de tilápias

Estudo em fase de conclusão aponta ser viável a utilização da parte da mandioca que não é processada como ração para peixe

O Paraná é um dos maiores produtores de peixes do Brasil, e a tilápia é o carro-chefe. A ração é responsável por 50% do investimento na piscicultura. Um estudo em fase final, elaborado pela Embrapa Agropecuária Oeste, no Mato Grosso do Sul, mostra que a parte aérea da mandioca pode ser processada e utilizada no preparo da ração para essa espécie de peixe.

Com os sucessivos reajustes dos preços dos alimentos convencionais utilizados para a fabricação de ração para peixes, subprodutos e coprodutos da agroindústria podem ser uma alternativa para diminuir o preço desse insumo. "No entanto, para que o alimento alternativo apresente potencial de utilização, é necessário que apresente baixo custo, volume de produção, disponibilidade regional e que não prejudique o desempenho do animal", avalia Hamilton Hisano, pesquisador da Embrapa.

Alguns subprodutos do processamento da mandioca, tais como raspa, casca, apara, farelo de varredura, além da parte aérea, já são utilizados principalmente para alimentação de bovinos e caprinos em diversas propriedades rurais. A folha da raiz apresenta alto teor proteico.

Mas, para a alimentação das tilápias, deve-se tomar cuidado. "Alguns compostos presentes na folha desencadeiam a formação de ácido cianídrico, que é tóxico ao animal e, portanto, deve ser processado de maneira adequada", afirma Hisano. A secagem é uma forma simples e eficiente de eliminar a toxidez e pode ser facilmente aplicada nas propriedades rurais, tanto diretamente ao sol quanto à sombra.

Apesar de existirem algumas recomendações do uso da parte aérea da mandioca para ruminantes, poucas informações com embasamento científico estão disponíveis para peixes. Foram conduzidas pesquisas no Laboratório de Piscicultura da Embrapa Agropecuária Oeste, em Dourados, no Mato Grosso do Sul, com a finalidade de avaliar a secagem da parte aérea da mandioca e identificar o melhor processamento. A intenção era medir o melhor aproveitamento do conteúdo nutricional para tilápias.

Resultados preliminares indicam que a secagem à sombra foi eficiente para reduzir os compostos tóxicos e melhorar o aproveitamento da parte aérea. Além disso, é possível substituir parte do farelo de soja pela parte aérea da mandioca sem interferências no desempenho da tilápia, o que geraria redução de custo da ração.

"Contudo, a validação dos resultados a campo, assim como aprimoramentos no processo de obtenção e secagem, ainda são necessários para utilização em escala comercial", adianta o pesquisador. Mas os resultados experimentais já demonstram o futuro promissor do insumo.

O Paraná está em quinto lugar no ranking nacional de produção de peixes. Segundo dados da superintendência Federal de Pesca e Aquicultura no Paraná, praticamente 80% da produção paranaense é de tilápias, 10% de pacus e 10% de outras espécies.

O município de Maripá, localizado na região Oeste do Estado, destaca-se nacionalmente pelos altos índices de produtividade. A produção anual está na ordem de 2,6 mil toneladas, conforme dados da última safra, contabilizados pela Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural).

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