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Experiência africana na defesa da mandioca contra doenças é eficaz

Em visita a indústrias e áreas de plantio de mandioca no Quênia, pesquisadores do Iapar tiveram contato com avanços voltados à resistência a doenças da raiz

A Agência Brasileira de Cooperação Internacional (ABC) selecionou pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) para ajudar produtores da mandioca do Quênia a melhorar a cultura da raiz. Mas a iniciativa não será uma via de mão única. Os africanos têm pesquisas importantes sobre a resistência do alimento a doenças. No próximo ano, uma missão com integrantes daquele país visitará o Paraná.

Os pesquisadores do Iapar Tiago Pellini, da área de Socioeconomia, e Mário Takahashi, do Polo Regional de Pesquisa de Paranavaí, permaneceram por seis dias no Quênia, período que durou a missão técnica ao leste da África. A viagem foi resultado de um pedido do Governo africano para incrementar o cultivo do alimento, que ainda não tem grande destaque na cultura africana. "Estivemos em duas regiões, uma com características climáticas mais úmidas no Lago Vitória e outra com o clima mais seco, que é o normal no país", afirma Pellini.

Os profissionais do Iapar revelaram que o Quênia possui um laboratório de biotecnologia com cientistas conceituados. "Eles possuem grandes trabalhos voltados à engenharia de plantas e cultivam uma espécie de mandioca resistente às principais doenças da região", revela o pesquisador.

Entre as doenças que atacam as plantações da região, destaca-se uma virose conhecida como mosaico. Na década de 90, foi responsável por dizimar boa parte das plantações no país. Outra doença que também preocupou os produtores quenianos foi a Brown Strip que deixa uma listra marrom na raiz. As duas pragas foram controladas por meio de melhoramento genético, que tornou a planta resistente.

O perfil do cultivo africano é de produção familiar. Outro detalhe é que o produto final é diferente do comercializado no Brasil. "O padrão no Quênia é que farinha de mandioca contenha também o polvilho", conta Pellini. Apesar do cultivo tradicional, eles possuem um certo grau de mecanização no processamento do alimento. Os equipamentos não são os mesmos utilizados no Brasil, exatamente pelo produto ser comercializado de forma distinta.

Em junho de 2012, está prevista a visita de uma delegação queniana ao Brasil. A intenção é que pesquisadores e membros do Governo do país africano conheçam a indústria da mandioca em diversas regiões do Paraná e em outros Estados.  "Vamos visitar o litoral, para mostrar o cultivo em menor escala, o Noroeste do Paraná, em particular Paranavaí e proximidades, Marechal Cândido Rondon e a cidade de Cruz das Almas, na Bahia, que tem clima similar ao africano", explicou o pesquisador do Iapar.

Até o fim do ano que vem, será produzida uma publicação com os resultados e o plano de ação deste acordo de cooperação internacional. A expectativa é de que os africanos possuam um planejamento estratégico para avançar no cultivo da mandioca e que os brasileiros absorvam parte da tecnologia desenvolvida para o controle de pragas da raiz.

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