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A Fiep, por meio da sua gerência de Fomento e Desenvolvimento, está realizando um estudo sobre a dinâmica do mercado de móveis, o qual será publicado em dezembro de 2015 e estará disponível a todos os 12 sindicatos do setor. “Estudos da cadeia produtiva moveleira são demandas que vêm surgindo por meio dos planejamentos estratégicos nos sindicatos patronais do Paraná e visam subsidiar a tomada de decisões para melhoria da competitividade de suas indústrias”, afirma o analista técnico da Fiep, Jerri Adriani Chequin.
Ele ministrou a palestra “Panorama Setorial Moveleiro - Dinâmica do Mercado de Móveis Paranaense” durante o 6º Congresso Moveleiro, realizado em setembro.
Chequin apresentou na ocasião uma pesquisa realizada nos meses de maio, junho e julho deste ano em 343 indústrias moveleiras do Paraná e outras 50 entrevistas que fez em empresas da cadeia produtiva, desde fornecedores de matéria-prima até o grande varejo. “Temos empresas que não ficam devendo nada em termos de tecnologia, mas é necessário entender como funciona toda a cadeia produtiva na qual a indústria moveleira está inserida, principalmente quais valores o consumidor final espera receber quando adquire um móvel”, salienta.
Nas entrevistas, de acordo com o especialista, ficou evidente que o setor moveleiro necessita ser mais agressivo em marketing e propaganda, despertando no consumidor o desejo de comprar um móvel novo, como acontece em outros produtos da linha eletroeletrônica, por exemplo.
O Paraná é o terceiro estado brasileiro em número de indústrias no setor moveleiro e o segundo em geração de emprego, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego divulgados para 2014. O levantamento promovido pela Fiep mostrou que 61% das indústrias moveleiras do Paraná têm de 11 a 30 anos de mercado, o que caracteriza uma maturidade para enfrentar crises no mercado, como a que ocorre neste momento.
Para Chequin, a pesquisa mostrou que as indústrias precisam investir não somente em seus processos produtivos, mas nos processos gerenciais e nos canais de distribuição, ou seja, produzir com qualidade, gerenciar todos os seus recursos e entender o que o cliente está buscando. Outra informação relevante foi divulgada pelo especialista. “Cerca de 60% das indústrias entrevistadas utilizam recursos próprios nos investimentos que fazem e apontam dificuldades em capital de giro”, mostrou. O analista técnico salienta que o planejamento financeiro deve ser uma prática permanente nas empresas, buscando otimizar seus recursos.
A pesquisa também indicou que o empresário continua tendo dificuldades na contratação de mão de obra. “Com o período de crise e o desaquecimento da economia, a oferta de mão de obra aumenta, mas na prática não adianta termos volume se a qualidade do profissional não é satisfatória”, alerta o especialista.
Pelo fato de ser um dos setores mais importantes da economia do Estado, Chequin acredita que, ao melhorarem suas estratégias, as indústrias moveleiras conseguirão incrementar suas participações no mercado para enfrentar o atual momento econômico. “Com este panorama, estamos cumprindo com dois dos objetivos que a Fiep possui: aumentar o associativismo empresarial e contribuir com a melhoria da competitividade das nossas indústrias”, avalia.