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Um ano um pouco melhor, mas que ainda ficou abaixo do esperado. Esta é a avaliação do presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), Daniel Lutz, sobre o desempenho do setor moveleiro em 2014. Para ele, a perspectiva para 2015 não é das melhores, mas deve ocorrer uma recuperação do mercado nacional. Em entrevista exclusiva para o Boletim da Indústria, Lutz ainda destacou os principais desafios para o segmento no ano que vem. Confira:
Boletim da Indústria - O setor moveleiro tem o que comemorar em 2014?
Daniel Lutz - Acredito que sempre precisamos comemorar, mesmo em situação mais difíceis como este ano de 2014. Ele já foi pouco melhor do que 2013, mas ainda temos que ressaltar que é um período difícil. Tivemos grandes eventos, como a Copa do Mundo e as eleições, que prejudicaram um pouco o comércio de móveis, colocando as nossas indústrias com pouca venda, diante da baixa demanda pelo varejo. A previsão é de que 2015 também não seja uma recuperação muito grande. Deve ser um pouco melhor do que 2014, mas com crescimento pequeno de 1% a 2% no mercado nacional.
Qual a expectativa em relação à macroeconomia brasileira para o ano que vem?
As previsões não são agradáveis. A gente tem uma grande preocupação, mesmo com o anúncio de novos ministros e nova equipe econômica, mas é o mesmo governo que está aí. Será necessário criar algo para superar este momento difícil. Isto não se cria de um dia para o outro. Este momento vai demorar a acontecer. Inicialmente, nossa perspectiva é de que 2015 seja de pequena recuperação.
Quais os desafios que o setor moveleiro vai enfrentar no ano que vem? Entre eles estão Logística Reversa e tributação?
Os desafios maiores da indústria hoje são estes citados e a questão de mão de obra. Talvez, o maior desafio para a indústria em 2015 seja investir na capacitação e contratar pessoas que tenham interesse de se capacitar e trabalhar na indústria moveleira. A contratação tem sido um grande gargalo para as indústrias.