Empresários do setor da madeira se reúnem com governador
Durante a reunião o governo ouviu as principais demandas da área
clique para ampliar>Empresários se reúnem com governador Beto Richa e apresentam sugestões para solução
de entraves (Foto: Fiep)
Diversas lideranças empresariais do setor da madeira se reuniram com o governador Beto Richa, no início do mês,
para apresentar algumas sugestões e demandas que podem melhorar as condições de competitividade das empresas
ligadas à madeira.
Os empresários pediram ao governo soluções para alguns fatores que têm elevado os custos de
produção das indústrias locais, como o alto preço dos pedágios, os valores cobrados para
movimentação de contêineres no Porto de Paranaguá e os índices de reajuste aplicados ao
salário mínimo regional. Em seguida, o grupo se encontrou com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado
Valdir Rossoni, e também pediu apoio da Alep na busca por soluções para os temas apresentados.
Segundo o secretário-executivo do Simovem, José Carlos Bara, as reuniões foram construtivas. “O
encontro foi muito produtivo. Houve espaço para expor algumas situações e acredito que dessa forma vamos
conseguir um espaço maior para debater alguns temas que afetam nosso setor”, afirmou.
Atualmente, a indústria da madeira emprega 42 mil trabalhadores no Paraná, enquanto a de móveis
gera mais 43 mil empregos. Entre 2004 a 2011 o setor madeireiro fechou mais de 15 mil postos de trabalho no Paraná,
segundo dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego. O segmento, que exportava boa parte de sua produção
especialmente para os Estados Unidos, foi um dos que mais sofreu com a crise internacional de 2008.
Mínimo regional
Apesar das preocupações na área de infraestrutura, a demanda mais defendida pelos empresários
foi a dos reajustes do salário mínimo regional. Segundo as lideranças das indústrias madeireira
e moveleira, os índices muito acima da inflação definidos pelo governo nos últimos anos, apesar
de não valerem diretamente para as categorias profissionais com convenções coletivas assinadas, geram
pressão por parte dos trabalhadores nas negociações. Os representantes dos sindicatos defendem que seja
feita a livre negociação entre o empresariado e os trabalhadores.
Após ouvir explicações do secretário do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Luiz
Cláudio Romanelli, também presente no encontro, o governador Beto Richa propôs uma nova reunião
para que sejam confrontados números apresentados pelos empresários e pelo governo do Estado. “O estilo
do nosso governo é democrático, transparente. Sou sensível à preocupação dos empresários
e estou disposto a retomar o diálogo, de forma madura, com uma discussão técnica, para chegarmos a um
denominador comum”, afirmou o governador.
O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, comentou o apoio que pode ser recebido pela Alep em algumas questões.
“A Assembleia, que é composta por representantes da sociedade, é o fórum adequado para discutirmos
essas questões”, concluiu.