SIMOVEM

Sindicato das Indústrias de móveis, Marcenarias, Carpintarias, Artefatos de Madeiras, Serrarias, Madeiras Laminadas e de Painéis de Madeira Reconstituída de Rio Negro

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Menos lucro, mais desemprego

23 de junho de 2011

CONJUNTURA

Em relação a abril de 2010, a indústria acumulou queda de 8,76% no faturamento, e a oferta de oportunidades decresceu 1,57%. Para a Fibra, o cenário é resultado das medidas para conter o consumo e da demora do governo local em retomar as obras públicas

DIEGO AMORIM

As medidas do governo federal para desaquecer o consumo e a demora na retomada das obras públicas frearam a indústria brasiliense no primeiro quadrimestre deste ano. A instabilidade comprovada pelos indicadores divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) preocupa os empresários. Há sete meses, o índice de emprego do setor registra queda. Desde janeiro, pelo menos 600 trabalhadores foram demitidos.

A demanda comedida também afeta o faturamento industrial médio. No acumulado do ano, até abril, houve crescimento de 6%. No entanto, na comparação com o mês anterior, a Fibra registrou retração de 10%. Frente a abril de 2010, o decréscimo foi de 8,76%.

O recuo do emprego industrial alcançou todas as atividades pesquisadas em abril, com destaque para a variação negativa na casa de dois dígitos do segmento de fabricação de produtos de metal (-10,40%).

O indicador, considerado o termômetro da oferta de bens e serviços, teve retração de 0,46% na comparação com os primeiros quatro meses de 2010. Ante abril do ano passado, o emprego variou negativamente 1,57%.

As contratações nas indústrias do DF começaram a arrefecer em outubro de 2010. Desde então, a variável de emprego tem apresentado retração. "Se ela está caindo há sete meses, o cenário é preocupante", comenta o economista da Fibra, Diones Cerqueira. A expectativa dos empresários é que o anúncio de um pacote de obras feito na semana passada pelo governo local aqueça o setor no segundo semestre e contribua para um resultado positivo no fim do ano.

Os industriais sustentam que a demanda atual não é suficiente para estimular contratações nem mesmo para aumentar a utilização da capacidade instalada (UCI), que, em abril, atingiu, em média, 67,48%. A taxa foi 3,48 pontos percentuais abaixo do observado em março. Na comparação com igual mês de 2010, a capacidade recuou 2,27 pontos percentuais. "A queda do nível de emprego mostra que o consumo não está aquecendo a atividade industrial", reforça Cerqueira.

Arrocho
Para os técnicos da Fibra, o freio no setor está relacionado ao arrocho na política econômica nacional. Entre outras decisões na tentativa de diminuir o consumo e, consequentemente, combater a inflação, o governo aumentou de 10% para 20% o pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito. Houve queda na compra por impulso, o que afetou diretamente a indústria brasiliense, concentrada na fabricação de bens de consumo imediato.

O presidente da entidade, Antônio Rocha, defende que é preciso aguardar os próximos meses para avaliar o cenário. "Os números preocupam, mas, por enquanto, não dá para dizer que seja algo desastroso", pondera. A promessa de guinada nas obras do governo local - principal cliente do setor - anima Rocha. "Nossa esperança é porque a indústria da construção civil puxa o desempenho de outros segmentos", justifica.

A situação mais drástica é a da indústria da madeira e do mobiliário, cujo faturamento recuou 40% em 2011. "Não é normal. Ficou complicado", diz o presidente do sindicato que representa o segmento, José Maria de Jesus. Em maio, alguns bancos lançaram editais de licitação e voltaram a movimentar a indústria moveleira do DF. "Mas, de maneira geral, os governos federal e local continuam com os cofres fechados", preocupa-se José Maria. Na semana que vem, a Fibra divulga o índice de confiança do industrial, que deve indicar otimismo em relação ao segundo semestre.

Obras
Esta semana, o Correio divulgou que o governo está com as contas em dia, R$ 2,230 bilhões em caixa e sinal verde da Secretaria de Fazenda para acelerar os investimentos. Na última segunda-feira, o governador Agnelo Queiroz (PT) anunciou o início de obras públicas em cada uma das 30 regiões administrativas.
________

"A queda do nível de emprego mostra que o consumo não está aquecendo a atividade industrial"
Diones Cerqueira, economista da Fibra

 

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    Indústria investe em inovaçãoFuturo da floresta plantada está no uso de biomassa para gerar energia