Industriais do Paraná estão otimistas

O presidente do Simov, Aurélio Sant'Anna, acredita que em 2013 o setor irá intensificar a automação industrial e terá um aumento na produtividade

clique para ampliar Infraestrutura e falta de mão de obra qualificada estão entre os principais gargalos da indústria (Foto: Gilson Abreu)

Conforme a Sondagem Industrial 2012/2013 realizada pela Fiep e divulgada no final do ano passado, 84,02% dos 412 empresários entrevistados esperam desempenho positivo para o próximo ano. A maioria dos industriais tem interesse em investir na produtividade e capacitação do trabalhador. Os números mostraram também que houve incremento na produtividade e tecnologia das indústrias paranaenses. Por outro lado, os entrevistados apontaram insatisfação com o nível atual da infraestrutura, com a carga tributária e falta de crédito para a produção. Os questionários foram respondidos em novembro e abordaram seis áreas de interesse. O resultado desse trabalho foi apresentado no dia 18 de dezembro, no Cietep, em Curitiba.

Para o presidente do Simov, Aurélio Sant'Anna, o ano de 2012 não foi tranquilo para o setor. “A tônica tem sido de reinvenção porque as mudanças de mercado são muito rápidas. Há alguns anos essa velocidade nas mudanças era observada no mercado de tecnologia, mas agora o setor moveleiro também está com o mesmo ritmo. Para acompanhar isso a solução é a renovação constante”, afirma.

Para 2013, o presidente do Simov acredita que ocorrerão mudanças que podem beneficiar o segmento. “Acredito que em 2013 o setor vai intensificar a automação industrial porque vivemos um período de apagão de mão de obra qualificada. Perdemos uma chance de ouro em qualificar pessoas quando a economia estava desaquecida, agora não tem como recuperar. Também acredito que a indústria vai aumentar a produtividade e haverá oportunidade de migração de trabalhadores do Mercosul e do Oeste Europeu para o Brasil.”, declara.

Apesar de 2012 não ter sido positivo para o setor moveleiro, a sensação geral de otimismo detectada pela Sondagem para 2013 (84,02%) ficou próximo do maior índice já alcançado nos 17 anos de pesquisa. Em 2008 o número chegou a 87,87%. “É reflexo de medidas adotadas pelo governo, algumas que estão em vigor para determinados setores como a desoneração da folha de pagamento e outras anunciadas como melhoria de infraestrutura dos portos e aeroportos e redução do custo da energia elétrica”, explicou o presidente da Fiep, Edson Campagnolo.

Segundo os empresários que estão otimistas, em 2013 haverá novos investimentos (41,19%), aumento nas vendas (40,09%) e aumento de empregos (18,71%). Apenas 11,86% dos entrevistados imaginam que o próximo ano não terá bom desempenho e apresentará queda nesses mesmos quesitos.