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Interação entre fornecedores e indústrias pode melhorar relação custo x benefício no setor moveleiro

Painel no 7ª Congresso Nacional Moveleiro mostrou que pesquisa e concepção de produtos entregam qualidade aos investimentos

clique para ampliarEspecialistas discutiram relação custoxbenefício (Foto: Bebel Ritzmann/ABD-PR)

O melhor entrosamento entre fornecedores e os industriais pode assegurar um menor custo aos produtos e, ao mesmo tempo, gerar a garantia de qualidade necessária para os investimentos. Tema do painel “Interação entre profissionais e fornecedores do setor para melhor atender o cliente final”, realizado no dia 15 de setembro durante o 7º Congresso Nacional Moveleiro, o debate trouxe à tona algumas rotinas que podem ser otimizadas para ganho de tempo e redução de custo.

Segundo a vice-diretora Associação Brasileira de Designers, Karin Brenner, o relacionamento de um profissional da área com a empresa é fundamental. “Essa parceria funciona quando a empresa troca informações, tem algo planejado e, principalmente, discute com o profissional o posicionamento que ela quer no mercado”, disse.

Para Karin, há detalhes que ajudam e são fundamentais para as execuções de projetos. “Estabelecer a relação de confiança com fornecedores, ter prazo de entrega e material de acabamento. Mas isso tudo deve estar aliado à confiança com o designer”, avaliou.

“Muitas vezes o empresário está com uma ideia e pesa ser aquela o melhor caminho para criar algo. No entanto, ao não ter a informação mais profunda que deveria, ele corre o risco de fazer investimentos que depois não tem como recuperar”, salientou. Entre esses investimentos está a compra de máquinas. “Ele pode querer algo que em seguida irá mudar, mas esquece que já investiu muito dinheiro em uma determinada máquina que vai ficar sem utilização”, comentou.

O designer Lucas Bond acrescenta a isso a diferença de cultura entre europeus e brasileiros. “Na Europa é comum se trabalhar um ano ou mais no conceito, no projeto de algo e depois do lançamento levar um longo tempo até que saia do mercado, ao contrário do Brasil. Aqui há modismo e imediatismo, e isso atrapalha a concepção de um produto, que rapidamente é trocado”, concluiu.

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