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Em tempo de impasse na economia, a indústria moveleira aposta em novidades em design, na qualidade e na tecnologia agregada ao mobiliário para poder criar diferenciais de competitividade e chamar a atenção do mercado comprador. Esse foi o perfil apresentado pelas empresas participantes da 10ª edição da Movelpar, em Arapongas (PR), realizada em março.
O presidente da Associação Brasileira do Mobiliário (Abimóvel), Daniel Lutz, analisa que as recentes mudanças na economia trouxeram um cenário incerto para as empresas, que estão em busca de alternativas para despertar a necessidade de consumo. Em sua opinião, a alta do dólar pode significar uma oportunidade para que novos mercados façam seus intercâmbios com o país e que isso amplie ainda mais a exportação do móvel brasileiro. “Desde que a cotação da moeda americana caiu no Brasil, o setor perdeu 50% do mercado externo. Talvez, com o dólar mais forte, possamos voltar a exportar mais”,disse.
Segundo Lutz, 2015 será um ano para se aproveitar ao máximo as oportunidades do mercado, identificando ilhas de bom potencial e investindo nestes locais. “A projeção para 2015 é de alta de 3,8% nos volumes e 9,9% nos valores em reais. Para efeito de comparação, enquanto o comércio de móveis rodou a 0,8% no Brasil, superou a marca de 10% na maioria dos estados do Nordeste, confirmando que esta será a melhor região para venda de móveis também em 2015”, avaliou.
No ano passado, o faturamento do polo no mercado interno foi de R$ 1,7 bilhões e no externo de US$ 101,16 milhões, o que significou um crescimento interno de 6,32% e externo de 3,77% em relação à 2013. “Queremos crescer em torno de 8% neste ano e isso pode ocorrer com o aprimoramento da qualificação da mão de obra, criando diferenciais competitivos para a indústria apostar no crescimento”, destacou.