Serrarias Irati

Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias e da Marcenaria de Irati

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Futuro da floresta plantada está no uso de biomassa para gerar energia

20 de junho de 2011

Biorrefinarias de madeira também devem investir no desenvolvimento de produtos químicos inovadores

O clima tropical ajuda, mas foram os investimentos da indústria em inovação ao longo das últimas quatro décadas que alçaram o Brasil ao posto de quarto maior fabricante mundial de celulose, com produção de cerca de 13 milhões de toneladas anuais. Nesse período, o setor aumentou em 40% seu índice médio de produtividade florestal, que passou de 23 para 45 metros cúbicos por hectare por ano, e desenvolveu inúmeras espécies de plantas, das quais resultou ampla variedade de papéis. Nos próximos anos, a produtividade das florestas plantadas deverá crescer ainda mais e também começarão a surgir biorrefinarias de madeira como nova fonte de produtos químicos para uso industrial.

Francisco Razzolini, diretor de projetos, tecnologia industrial e suprimentos da Klabin, afirma que esta é a tendência já em curso. Ele lembra que as empresas, em especial as de celulose, identificaram e estudam processos para extração de várias substâncias contidas nos componentes químicos da madeira (celulose, lignina, hemicelulose), as quais, no entanto, ainda têm poucas aplicações comerciais. E que muitos novos produtos deverão surgir em cerca de cinco anos.

Maior produtora e exportadora de papel do Brasil, a Klabin acompanha de perto esta tendência e continua com foco em inovação florestal. As florestas plantadas da empresa (pínus e eucalipto), concentradas nos Estados do Paraná e de Santa Catarina, tornaram-se 50% mais produtivas nos últimos cinco anos e sua produtividade deve aumentar mais 30% até por volta de 2016. No momento, a companhia está ampliando a área de cultivo para uma região pouco propícia ao eucalipto-o frio planalto de Santa Catarina -, com base em uma nova espécie, obtida por meio de cruzamento e seleção de plantas.

Na Suzano Papel e Celulose, o destaque dado à inovação se reflete claramente nos resultados. Segundo Ernesto Pousada, diretor de operações da Suzano, há quatro anos, cerca de 5% do faturamento da empresa com papel provinha de produtos novos (lançados nos 24 meses anteriores). "Mas hoje o índice é de 20%", diz.

Em 2010, os produtos novos propiciaram à companhia, segunda maior produtora do mundo de celulose de eucalipto, um adicional de faturamento de R$ 20 milhões, o equivalente a 0,5% da receita total da empresa e a 1% das vendas do negócio papel. Mas é ao projeto de energia a partir de biomassa (pellets de madeira para exportação), no qual está investindo R$ 800 milhões, que a empresa dá mais ênfase. Lançada no ano passado, a Suzano Energia Renovável baseia-se no desenvolvimento de uma espécie de eucalipto com poder calorífico especialmente alto por concentrar maior quantidade de lignina.

Segundo Pousada, a base da inovação na Suzano é a área florestal e o conceito aplicado, o de inovação aberta, que integra os parceiros comerciais. A empresa mantém hoje 36 contratos de inovação com universidades, entidades, clientes e fornecedores. "É como ampliar o orçamento para pesquisas", diz ele, informando que em 2010 a companhia destinou R milhões à área de P&D.

No segmento de papel para embalagens, a ciência básica perde espaço para a inovação aplicada. A meta é sempre esta: agregar valor para o cliente por meio de novos produtos ou processos e ampliar cada vez mais a presença do papel e do papelão no mercado de embalagens, que absorve entre 220 mil e 230 mil toneladas por mês de caixas de papelão ondulado.

"Sobreviver nessa atividade depende da capacidade de inovação", diz Patrick Nogueira, diretor comercial da Jari Celulose e Embalagens, do Grupo Orsa. Uma das maiores do ramo, a empresa faturou R$ 1 bilhão em 2010 com embalagens de papelão ondulado, o equivalente a 11,4% do mercado nacional. O ritmo de lançamento da Jari, que extrai de produtos novos cerca de 20% da sua receita -20 produtos por ano, em média-, sugere o dinamismo do setor.

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    Menos lucro, mais desempregoAcredite, árvores têm impressão digital