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Pioneirismo destaca a história da Faber-Castell

17 de maio de 2011

Giedre Moura

No século 19, quando nem se falava em responsabilidade socioambiental, a Faber-Castell provavelmente surpreendeu o mundo corporativo ao criar creches, planos de saúde e abrir poupança para os seus trabalhadores.

No início do século 20, época em que a consciência a respeito dos limites naturais era mínima, a empresa deu início ao processo de tratamento e reúso dos solventes de pintura e passou a utilizar resíduos da produção para a geração de energia.

No ano em que completa 250 anos de existência desde a sua fundação na Alemanha e 81 anos de Brasil, a Faber-Castell, umas das companhias mais antigas e tradicionais do mundo, comemora o alcance de metas ousadas na área de desenvolvimento sustentável.

Um dos principais exemplos é a conquista do selo Forest Stewardship Council (FSC) para 95% da madeira utilizada na produção dos seus lápis, os ecolápis, em todo o mundo.

Por traz dessa certificação, atestando que a madeira foi obtida de áreas de reflorestamento devidamente controladas e monitoradas, estão décadas de pesquisa a trabalho. Hoje, todos os ecolápis produzidos são confeccionados com árvores plantadas pela própria empresa nos anos 1980. A madeira é 100% aproveitada - a parte não usada no produto final é utilizada como adubo, na geração de energia, na indústria de cimento e, ainda, na produção de chapas de aglomerado e MDF.

Maior fabricante de lápis do mundo - anualmente são produzidas cerca de 2 bilhões de unidades -, a Faber-Castell tem três fábricas no Brasil - em São Carlos (SP), Prata (MG) e Manaus (AM).

A operação brasileira é fundamental na manutenção da liderança de mercado e no projeto de sustentabilidade da empresa no mundo. É responsável por 65% da produção total e exporta a maior parte dos 7 milhões de lápis fabricados por dia para cerca de 70 países. Além disso, responde por 40% do faturamento global. Os produtos da marca estão presentes em 69 mil pontos de venda do país. A companhia responde por 57% do mercado de lápis de cor do Brasil e 43% do lápis grafite.

O orçamento anual da Faber-Castell destinado ao controle e melhorias ambientais é de aproximadamente R$ 4 milhões. Mas a sustentabilidade não é o único caminho adotado pela empresa em busca da perenidade dos seus negócios. Também se apega fortemente à tradição: tem na presidência o conde Anton Wolfgang Graf von Faber-Castell, representante da oitava geração da família fundadora. Além disso, os lápis continuam sendo o carro chefe da companhia - eram os preferidos de Van Gogh -, incluindo os produzidos para algumas das principais marcas de cosméticos do Brasil e do mundo.

A Faber-Castell também aposta na diversificação do portfólio, que tem cerca de mil itens. Além de uma ampla linha de material escolar e para escritório, a empresa disputa o segmento de brinquedos educativos com a Creativity for Kids, comercializada no Brasil desde 2004. A qualidade desses produtos é atestada por um parceiro de peso, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (Unesco) porque a linha atende aos pilares educacionais definidos pela entidade.

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