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A palavra de ordem é prevenção

Prevenir acidentes no ambiente de trabalho evita gastos desnecessários com afastamentos

O gasto médio que uma empresa tem no primeiro ano de afastamento de um único funcionário varia entre R$ 60 mil e R$ 90 mil. O valor inclui a complementação salarial, os encargos sociais e o pagamento de outro trabalhador para suprir a falta daquele que está impossibilitado. Esta estimativa do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) mostra que investir em prevenção de acidentes e de doenças e na qualidade de vida dos colaboradores é a forma mais eficiente de evitar gastos, além de serem medidas que favorecem o rendimento laboral.

Com o objetivo de conscientizar e orientar as indústrias sobre a importância da saúde ocupacional, o Sesi no Paraná lançou este ano uma campanha de Qualidade de Vida adotando uma abordagem mais incisiva com os empresários.

“Se o industrial não coloca esse tema no planejamento, não gerencia e não controla os índices, ele não sabe quantos dias de falta por doença e por acidente cada trabalhador teve, o que torna impossível mensurar o custo. É dinheiro que está indo embora sem que o administrador da empresa perceba”, ressalta o superintendente do Sesi no Paraná, José Antonio Fares. 

Em um primeiro momento pode parecer custoso implementar medidas de segurança e prevenção de doenças e acidentes. No entanto, o investimento compensa, principalmente se for levado em consideração que o Tribunal Superior do Trabalho ( TST ) já chegou a conceder R$ 10 milhões em indenização por danos morais coletivos a um grupo de trabalhadores de um frigorífico por irregularidades relacionadas ao ambiente de trabalho excessivamente frio.

O número de acidentes anuais é outro aspecto que pesa nas finanças da empresa. Quanto mais elevado, maior é a alíquota de tarifação do Fator Acidentário de Proteção (FAT), que custeia acidentes e doenças do trabalho, bem como aposentadorias especiais. “Muitos trabalhadores resistem em utilizar equipamentos de proteção individual ou coletiva. É responsabilidade da empresa garantir esta utilização, nem que para isso seja necessário dar uma advertência”, recomenda o gerente de Qualidade de Vida do Sesi no Paraná, Ademir Vicente da Silva.

INDÚSTRIA SEGURA

A BS Bios, indústria de energia renovável de Marialva, estava, até o dia 19 de junho, com mais de 230 dias sem acidentes com afastamento, sendo que o recorde foi de 732 dias. Para atingir esse resultado, a parceria com o Sesi foi decisiva. 

“Contamos com apoio e serviços para levar adiante nossa luta contra acidentes e doenças do trabalho. Os bons frutos dessa colaboração também fortalecem as ações em meio ambiente, saúde ocupacional e qualidade de vida”, diz Leandro de Sá Pardinho, líder de Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) da BS Bios.

Entre os desafios da empresa está a missão de fazer com que os colaboradores se sintam parte do processo. “Para isso, montamos programas de prevenção e identificação dos riscos ambientais em que eles participam em conjunto com o SESMT e com os membros da Cipa. Isso gerou um resultado muito bom”, explica Pardinho. 

A indústria trabalha intensamente com conscientização, medida adotada com base no entendimento de que EPI (Equipamento de Proteção Individual) e ambiente de trabalho seguro não são capazes de evitar totalmente o risco de acidente. De acordo com Pardinho, para garantir isso cada colaborador precisa assumir um comportamento seguro no decorrer de suas atividades dentro e fora da empresa.

Segundo o Ministério da Previdência Social, LER e fatores ergonômicos são as doenças relacionadas ao trabalho com maior incidência nas empresas.

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 FONTE: A indústria em revista - Publicação da Indústria do Paraná
               Julho a Setembro/2015/Ano II/n° 7

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