Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube

Indústria finaliza planos de logística reversa

Publicado em 19/02/2014

Setores de reparação de veículos e de eletricidade, gás e água apresentam projetos para recolher resíduos descartados após consumo

Após meses de negociação, a indústria começa a adotar planos para a destinação adequada de resíduos gerados pelo consumo de seus produtos. Dois setores – o de reparação de veículos e o de eletricidade, gás, água, obras e serviços – apresentaram ontem à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) os dois primeiros projetos nessa área no Paraná. A iniciativa faz parte de um termo de compromisso assinado no fim de 2012 que prevê que 13 setores da indústria paranaense adotem a chamada logística reversa, prevista na Lei 12.305/2010, pela qual o produto faz o caminho contrário após o seu consumo, voltando até o fabricante.

Segundo a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), os demais setores que devem apresentar seus planos de logística reversa nos próximos meses são os da construção civil; da tecnologia da informação e comunicação; têxtil e vestuário; metal mecânico e eletroeletrônico; gráfico; químico; de cerâmica; minerais não metálicos; alimentos de origem animal e vegetal; borracha; móveis e madeira; e papel e celulose. “O próximo setor a apresentar seu plano deve ser o de móveis e madeira, mas já estão em elaboração os projetos na área de metalmecânica e construção civil”, diz Elcio Herbst, consultor ambiental do Senai-PR, que participou da elaboração dos projetos.

Dificuldade

Informalidade é obstáculo para responsabilizar oficinas mecânicas

Colocar em prática um plano de destinação de resíduos sólidos é um desafio e tanto para o setor de reparação de veículos, onde 70% das empresas ainda estão na informalidade. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Paraná (Sindirepa), Wilson Bill, são cerca de 25 mil empresas no setor no estado, a maioria de micro e pequeno porte.

A iniciativa apresentada ontem reunirá esforços de nove sindicatos regionais de oficinas. A intenção, de acordo com Bill, é buscar subsídio financeiro para bancar os investimentos nos planos de logística reversa. A meta é que já em 2014 cerca de 400 empresas adotem o plano de gerenciamento de resíduos sólidos no estado. Em 2015, a meta sobre para mil.

Já o presidente Sindicato das Empresas de Eletricidade, Gás, Água, Obras e Serviços do Estado do Paraná (Sineltepar), Valcideir Garcia Ferreira, diz que o plano de logística reversa do setor deve envolver cerca de 200 empresas no Paraná – 76 associadas à entidade. São empresas que geram como resíduos transformadores, cabos de alumínio, postes de concreto e isoladores de porcelana e poliméricos. “Esses dois últimos, que isolam a alta tensão, hoje são armazenados em depósitos pelas empresas e poderiam ser reciclados e utilizados por outras indústrias”, acrescenta.

Detalhes

Cada plano apresentando, com cerca de 100 páginas, apresenta a estrutura produtiva de cada segmento industrial, o tipo de resíduo gerado, a atual destinação e as possibilidades de reaproveitamento futuro. Segundo Herbst, a indústria do Paraná é pioneira na iniciativa de elaborar planos nessa área. A fiscalização do cumprimento dos objetivos será feita pela Sema e as secretarias municipais de Meio Ambiente.

O setor de oficinas mecânicas, por exemplo, terá de dar destinação adequada a uma série de produtos e subprodutos, como óleo contaminado, embalagens, estopas, panos, papel, borra de tinta, borracha e vidros. Muitos desses itens são descartados em lixo comum hoje, mas poderiam ser reaproveitados, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Paraná (Sindirepa), Wilson Bill. O óleo, por exemplo, pode passar um novo processo de refino. Os vidros poderiam ser reaproveitados por meio de reciclagem.

Futuro

Segundo Herbst, no médio prazo a implantação da logística reversa deve impulsionar a indústria de reciclagem, com o reaproveitamento de materiais e o fortalecimento da cooperativas de catadores, e estimular a inovação. “Com o aumento do custo para dar destinação adequada, a indústria terá que desenvolver produtos mais ambientalmente amigáveis”, diz.

Fonte: Gazeta do Povo | Cristina Rios

Deixe seu coment�rio

Site Seu blog ou p�gina pessoal


1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
2. S�o um espa�o para troca de id�ias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza. e
5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de id�ias.

 Aceito receber comunica��o da Fiep e seus parceiros por e-mail
 
Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube