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Publicado em 06/09/2016
De acordo com a edição recente da pesquisa Panorama Global do Setor Aeroespacial e de Defesa (Global A&D
Outlook), 64% dos entrevistados estão confiantes ou muito confiantes em relação às previsões
de crescimento das empresas nos próximos dois anos. O estudo foi produzido pela KPMG com 76 executivos seniores desses
setores do mundo inteiro.
Segundo o estudo, o panorama ainda é mais otimista para as fabricantes originais
de equipamentos de aeronaves e as empresas contratadas para prestar serviços para o setor de defesa. Cem por cento
dos respondentes de organizações de maior porte (com receitas anuais globais de mais dez bilhões de dólares)
parecem confiantes nas estratégias de crescimento. Ainda de acordo com o levantamento, 41% delas dizem que o crescimento
será uma das prioridades no topo da lista nos próximos dois anos. Um percentual mais alto do que os 13% observados
no ano anterior.
"A pesquisa também nos mostra como as empresas vão buscar esse crescimento, já
que a gestão de custos e desempenho ainda é um tópico em alta na pauta das organizações
dessa indústria", afirma o sócio do setor aeroespacial e defesa (A&D) da KPMG, Marcio Peppe.
O
executivo destaca que, segundo o levantamento, 81% dos participantes estão focados em aprimorar a gestão de
custos e desempenho. "Isso indica que muitas organizações estão investindo de modo mais orientado ao
crescimento em novas tecnologias e serviços enquanto enfatizam a redução e a consolidação
de custos. Os líderes precisarão expandir as organizações, experimentar novas abordagens e unir-se
a novos parceiros que possam ajudá-las a explorar essas oportunidades de modo mais rápido e com maior relação
custo-benefício", analisa Peppe.
O estudo aponta que 87% dos respondentes planejam mudar a gama de produtos
que oferecem nos próximos dois anos, sendo que, dentre eles, 47% farão investimentos significativos para lançar
um ou mais novos produtos no mercado.
Dessa forma, investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) vão
crescer. Trinta por cento dos entrevistados disseram ter gasto 6% ou mais das receitas com P&D no ano passado e agora
45% dizem que irão gastar no mínimo esse mesmo valor nos próximos dois anos. "O mais impressionante ainda
é o fato de que 20% deles disseram que irão gastar mais de 10% das receitas em P&D nos próximos dois
anos. Façamos uma comparação com o percentual de 2014, ano em que nenhum deles indicou ou previu um índice
de gastos com P&D maior do que 10%", afirma o sócio da KPMG.
MERCADOS - A pesquisa mostrou que mais
de 90% dos respondentes do setor A&D dizem ter planos de expansão para novos mercados nos próximos dois
anos. Adicionalmente, quase 30% dos participantes dizem que as estratégias de investimentos estrangeiros são
influenciadas principalmente pelo desejo de aproximar-se do cliente e obter acesso a novos mercados.
"Como as economias
continuam em ritmo lento e os orçamentos do setor de defesa estagnados nos mercados desenvolvidos, muitas organizações
do setor A&D estão atualmente à procura de novos mercados estrangeiros para gerar nova receita. Além
da busca pelo crescimento da receita, a redução dos custos com fabricação é um grande fator
influenciador", analisa Peppe.
Devido a uma transição para novos produtos e novos mercados, o levantamento
mostra que a falha da cadeia de suprimentos continua a ser vista como um grande risco para as organizações do
setor A&D, com 87% dos respondentes citando-a como uma grande ameaça à concretização da pauta
de crescimento da empresa. Os riscos da cadeia de suprimentos foram classificados como o segundo maior risco enfrentado pelas
fabricantes do setor A&D, atrás somente das preocupações com uma ameaça de outra recessão
econômica. "A melhor forma de reduzir o risco de falha da cadeia de suprimento é obter uma maior visibilidade
de ponta a ponta e gerenciá-la de modo multidisciplinar e mais profundo", afirma Peppe.
Quase dois terços
(64%) dos entrevistados disseram ter planos para investir em detecção de demanda para aprimorar as operações
das cadeias de suprimentos e 60% dizem que investirão em análise de dados. Além disso, 32% dos respondentes
disseram que investiriam em tecnologias de IoT (internet das coisas) na cadeias de suprimentos. "As organizações
mais avançadas estão pensando em como podem combinar dados da tecnologia de detecção com fontes
de dados externas para criar um valor ainda maior para os clientes e oportunidades de crescimento mais sustentáveis
para si mesmas", finaliza o executivo.
Essa pauta entrou em discussão em dois grupos de trabalho dos Observatórios Sistema Fiep, nos grupos do Setor automotivo e Metal-mecânico. Há um interesse por parte da Embraer em desenvolver fornecedores no estado do Paraná. A Agencia Paraná de Desenvolvimento está à frente dessa ação. Para saber mais CLIQUE AQUI.
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