O faturamento do setor de máquinas e equipamentos cresceu 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A informação
é da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos, que divulgou, na tarde desta terça os indicadores econômicos do setor.
O melhor desempenho observado na análise interanual se deve ao mercado doméstico que ampliou seus investimentos em 19,1% em
relação ao mesmo período de 2018, nas exportações houve queda significativa.
Já o desempenho das vendas de máquinas e equipamentos no mês de janeiro de 2019 manteve o comportamento sazonal do setor
e recuou para R$ 5,3 bilhões, queda de 12,3% em relação ao mês imediatamente anterior. Este ritmo mais fraco nas vendas do
setor, principalmente no mercado externo, reforça as expectativas da ABIMAQ, de que a taxa de crescimento, este ano, deverá
ficar relativamente abaixo da observada em 2018.
Os indicadores negativos não assustam a ABIMAQ, segundo o presidente executivo, José Velloso. Para ele, existe uma demanda
reprimida e uma necessidade constante de atualização tecnológica. "Muitos setores estão esperando a Reforma da Previdência
ser votada, no entanto, com reforma ou sem reforma uma coisa é certa, que virá investimentos do Brasil e a demanda vai aumentar
bastante e por isso um certo otimismo do nosso setor", diz Veloso.
Nas exportações os dados são de queda, ao considerar tanto a comparação marginal (-6,8%), como em relação a janeiro do
ano passado (-11,2%). A explicação da queda tem a ver com a recessão na economia Argentina. Só para este o setor reduziu suas
vendas em 57%.
Quanto às importações, o comportamento registrado é similar ao fraco desempenho de 2018. Apesar do crescimento de 17,6%
em relação ao mês de dezembro, sob o mês de janeiro de 2018 ainda não houve recuperação. Quem contribui mais intensamente
para este fraco desempenho são os setores de logística e construção civil, que já chegou a responder por quase 20% do volume
das importações de máquinas e hoje pouco ultrapassa os 10%. Em contrapartida tem-se como destaque o segmento de componentes
para indústria de bens de capital, que obteve crescimento de 19,3%. Essa participação representa 31,3% do total importado,
sendo que máquinas e implementos agrícolas cresceram 38,6%.
Quanto às origens das importações, tem-se a China em primeiro lugar, tanto em valor, como em volume. As máquinas de origem
chinesa deixaram para trás a Alemanha, em 2012, e os EUA, em 2017, tradicionalmente segundo e primeiro países de origem das
importações.
O consumo aparente da indústria - indicador que exclui as exportações do faturamento e inclui as importações - somou
R$ 7,86 bilhões, um avanço de 10,5% em comparação com janeiro de 2018 e encerrou com crescimento de 2,3% em relação ao mês
de dezembro.
Quanto ao número de pessoas ocupadas do setor, após o período de forte recessão, o setor passou a contar com 291 mil
pessoas em 2017. A partir de 2018, o setor iniciou a retomada do emprego, fechando o ano com 300 mil postos de trabalho. Para
2019, a expectativa é de crescimento, mesmo que lento e gradual ao longo do ano.
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