A indústria brasileira de máquinas e equipamentos teve alta de 10,6 por cento na receita líquida de julho ante mesmo
período de 2017, para 6,79 bilhões de reais, informou nesta terça-feira a associação que representa o setor, ABIMAQ.
Na comparação com junho, porém, a indústria teve queda de cerca de 4,1 por cento no faturamento, acumulando no ano até
julho receita de 42,13 bilhões de reais, 4,7 por cento acima do registrado nos sete primeiros meses de 2017.
A ABIMAQ afirmou que a queda na comparação mensal 'já era esperada' diante da base de comparação inflada com vendas que
ficaram represadas durante a greve dos caminhoneiros, em maio.
O setor, porém, registrou em julho quedas nas comparações mensal e anual das exportações, de 20,3 e 3,3 por cento respectivamente,
a 703 milhões de dólares, enquanto as importações subiram 11,7 e 21 por cento, a 1,4 bilhão.
Para a entidade, a alta nas importações reflete encomendas feitas entre o fim de 2017 e início deste ano, quando ainda
havia sinalização de crescimento mais vigoroso da economia em 2018. "O aumento das incertezas no último trimestre, combinado
com um real desvalorizado deverá arrefecer este quadro (de importações) nos próximos meses", estimou a ABIMAQ.
A indústria terminou julho com uma carteira de encomendas no Brasil suficiente para 2,1 meses, crescimento de 3,2 por
cento ante junho, mas "ainda mantém o pior patamar da série histórica, em razão da baixa atividade no setor fabricante de
máquinas para infraestrutura e indústria de base", afirmou a ABIMAQ.
O nível de utilização da capacidade instalada dos fabricantes de máquinas atingiu 77,3 por cento em julho, 5,7 pontos
percentuais acima do registrado na média de 2017.
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