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Publicado em 04/06/2018
Fonte: Agência Fiep
O papel das organizações no desenvolvimento sustentável, a preocupação com o tema e a relação entre indústria 4.0 e sustentabilidade. Esses foram os temas discutidos no Seminário Geração de Valor Sustentável, promovido pelo Sistema Fiep, por meio das Faculdades da Indústria em parceria com o Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (Unitar) e o Centro Internacional de Formação de Autoridades e Líderes (Cifal). O evento ocorreu no dia 22, no Campus da Indústria, e contou com a presença de, aproximadamente, cem pessoas, a maioria alunos das Faculdades da Indústria.
O seminário começou com a fala do superintendente do Sesi e do IEL no Paraná e diretor regional do Senai, José Antonio Fares. Ele se dirigiu principalmente aos alunos, abordando questões como as oportunidades de internacionalização que são oferecidas a eles nos eventos promovidos pelo Sistema Fiep. "Esse é um momento que deve ser aproveitado, pois o seminário é oportunidade não só de adquirir mais conhecimento, mas de conhecer profissionais de diferentes áreas e estabelecer uma rede de contatos", disse.
A primeira palestra, realizada pelo gerente do Programa de Cooperação Descentralizada do Unitar, Alex Mejía, teve como foco o papel das organizações no desenvolvimento sustentável. Para ele, as empresas precisam estar sempre atualizadas e não podem atuar apenas pensando em gerar lucro. "É importante que as companhias saibam conciliar a economia, o social e a sustentabilidade. Dessa forma, é possível que as organizações façam um trabalho melhor, utilizando menos recursos ou recursos que não prejudicam o meio ambiente", explica.
Durante o seminário, Alex citou os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), implementados pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015. Segundo ele, os ODS são ações que podem contribuir para combater as alterações climáticas e as desigualdades e acabar com a pobreza.
Em seguida, o coordenador de Sustentabilidade do Grupo Boticário, Omar Rodrigues, falou sobre negócios e sustentabilidade, mostrando exemplos de ações realizadas pela empresa, como as embalagens sustentáveis utilizadas na linha Cuide-se Bem, a segunda marca representativa em volume de vendas do Boticário. "Todas as embalagens dessa linha são feitas com plástico vegetal. Com essa mudança, nós utilizamos 10% a menos de plástico, o que corresponde a 90 toneladas de resíduos evitados por ano", explica.
Para Omar, a sustentabilidade protege, mas também gera valor. "Uma pessoa não se tornará cliente de uma empresa só pelo fato de ela se preocupar com a questão da sustentabilidade. Mas ela deixará de comprar se a marca mostrar que não se preocupa com o assunto. Um exemplo são as empresas que fazem testes em animais", explica.
Para dar continuidade no assunto, Rafael de Tarso, Chief Innovation Officer - 3D, da Innov Brasil, startup incubada no Sistema Fiep, falou sobre indústria 4.0 e sustentabilidade. Para ele, na maioria das vezes, a sustentabilidade é sempre o último item a ser colocado em prática nas empresas. "Mas é possível mudar esse cenário. Para isso, precisamos trabalhar novos modelos e perfis de liderança", aponta. Segundo o palestrante, as empresas passarão por uma robotização de processos, ou seja, robôs colaborativos que ajudarão não só a melhorar o processo de trabalho, mas a aumentar o ritmo de produção. Com isso, o número de empregos na área da tecnologia aumentará.
Diva Irene Vieira, coordenadora do Núcleo de Indicadores de Desenvolvimento e Pesquisa (Nidep), mostrou que apenas 26,2% dos pesquisadores brasileiros estão dentro das empresas. A palestrante também falou sobre os 17 ODS. "É muito importante que as pessoas comecem a colocar em prática essas ações que podem transformar o mundo em que vivemos", finalizou.
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