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Publicado em 26/03/2018
Fonte: Abimaq
Uma proposta polêmica começa a ganhar forma entre integrantes da equipe econômica: uma ampla redução de tarifas de importação (de 14% para 4%, em média) para bens de capital (máquinas e equipamentos), informática e de telecomunicações. A ideia, cujo objetivo, entre outras coisas, é estimular investimentos no parque industrial brasileiro, chegou a ser colocada na pauta da reunião desta semana do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), mas acabou não sendo discutida. Segundo fontes do governo, a baixa atingiria cerca de dez mil itens.
Um dos argumentos contrários é que o Brasil pode ser enfraquecido nas negociações de acordos de livre comércio, como o que está sendo fechado entre Mercosul e União Europeia. Isso porque a queda das tarifas poderia ser usada como barganha para maior acesso das exportações brasileiras ao mercado europeu.
Empresários citam custo Brasil
Outro argumento é que o produto fabricado no País já sofre com a concorrência, devido ao custo Brasil, que deixa o bem de 25% a 35% mais caro do que o importado. Empresários do setor de bens de capital armam que a medida prejudicaria fortemente a indústria nacional.
"Isso não está sendo debatido com a sociedade e pode destruir a indústria nacional de máquinas e equipamentos. Estamos sabendo dessa proposta por terceiros", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), José Velloso.
Hoje, existe um mecanismo que permite a redução da tarifa de importação de bens dessas três categorias de itens, desde que não haja produção nacional. Conforme técnicos envolvidos na discussão, não está claro se essa redução de tarifas - que contaria com o apoio do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles - teria algum tipo de restrição, ou ocorreria de forma linear, atingindo todos os produtos, incluindo os que são fabricados no Brasil.
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