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Publicado em 23/10/2017
Fonte: Agência Fiep
Para o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, que acompanhou a competição, resultado é uma mostra do potencial da juventude brasileira e uma prova da qualidade da educação profissional ofertada pelo Senai
O Brasil se mantém na elite da educação profissional do mundo. Com um total de 34.901 pontos, o país ficou em 2º lugar geral na maior competição de profissões técnicas do planeta, a WorldSkills. Entre os dias 15 e 18 de outubro, mais de 1.200 jovens de 68 países competiram em 52 ocupações do setor industrial e de serviços em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Os russos ficaram em primeiro.
A delegação brasileira foi composta por 56 competidores, 51 alunos e ex-alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e 5 do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), que competiram em 50 ocupações. Na última edição da WorldSkills, em 2015, o país ficou em primeiro lugar.
Para o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, que integrou a comitiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI) presente na competição, o resultado é uma mostra do enorme potencial que a juventude brasileira tem quando são dadas oportunidades adequadas para seu desenvolvimento. “Do outro lado do mundo, o Brasil teve um desempenho excepcional na WorldSkills, demonstrando toda a capacidade do brasileiro para trabalhar e produzir”, disse. “Esse resultado é também mais uma prova da qualidade da educação profissional ofertada pelo Senai e por todas as instituições do Sistema S”, acrescentou, ressaltando ainda que parte da equipe russa, que conquistou a primeira colocação, também passou por treinamentos com instrutores do Senai.
O 2º lugar na WorldSkills, dentre 68 países, demonstra que os investimentos feitos pelo Senai no ensino técnico têm resultados positivos. A instituição possui o maior complexo de educação profissional e serviços tecnológicos das Américas. Desde 1942, formou mais de 71 milhões de trabalhadores para 28 áreas da indústria brasileira, da iniciação profissional até a graduação e pós-graduação tecnológica. A instituição está presente em todas as regiões do Brasil com 555 escolas e 442 unidades móveis.
Na opinião de Campagnolo, a posição de destaque do Brasil na WorldSkills serve, também, para melhorar a autoestima do povo brasileiro, tão desgastada diante da enxurrada de escândalos de corrupção que mancham a imagem do país no cenário internacional. “Essa conquista vem em contraponto à vergonha a que o Brasil tem sido exposto em jornais de vários países pela questão da corrupção da classe política. Nossos governantes dão um mal exemplo para o mundo, mas felizmente nossa juventude é capaz de mostrar a verdadeira face do povo brasileiro, alcançando essa belíssima conquista”, afirma.
A competição
Nas provas da WorldSkills, realizadas durante quatro dias, os participantes devem completar os desafios propostos na competição dentro de padrões internacionais de qualidade. É exigido que os alunos demonstrem habilidades técnicas individuais e coletivas em profissões da indústria e do setor de serviços, como Automação Industrial, Eletrônica, Eletricidade, Cozinha e Confeitaria, entre outras. Cada modalidade tem a participação de apenas um representante de cada país, seja uma pessoa ou uma equipe.
O Brasil participa do torneio desde 1983. Nesse tempo, os resultados na disputa melhoraram a cada edição e a equipe brasileira tornou-se uma certeza no top five do mundial, ao lado de nações que são referência educacional, como Coreia do Sul e Alemanha.
Na edição deste ano, o Paraná foi representado por Louise Desidério, de 20 anos, estudante do curso de Química no Senai da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Ela terminou em quarto lugar na ocupação Tecnologia da Água, que simula o dia a dia de uma estação de tratamento de água e esgoto. Durante as provas, ela foi orientada pelo professor Rodrigo Zawadzki, também da unidade CIC.
Medalhas
Os brasileiros conquistaram um total de 15 medalhas em Abu Dhabi, sendo 7 de ouro, 5 de prata e 3 de bronze, além de 26 certificados de excelência. No quadro geral de medalhas, o Brasil ficou em 4º lugar, atrás apenas de China, Coreia do Sul e Suíça, e à frente de países com bastante tradição em ensino técnico, como França, Japão, Áustria e Alemanha. Levando-se em conta o critério de pontuação alcançada pelos competidores, o Brasil terminou na segunda colocação, atrás apenas da Rússia.
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