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Indústria de fundição retoma crescimento

Publicado em 03/10/2017

Mercado de peças fundidas espera encerrar o ano com índice maior, puxado pela demanda da indústria automotiva

Fonte: Ipesi

Depois três anos seguidos de queda na produção, a indústria brasileira de fundição apresenta uma retomada e deve fechar 2017 com 2,3 milhões de toneladas de peças fundidas, retomando o patamar de 2015. O setor começou o terceiro trimestre melhor do que o esperado e os consultores acreditam na recuperação gradual nos próximos meses.

O mercado de peças fundidas, de acordo com a Associação Brasileira de Fundição (Abifa), por exemplo, cresceu 7% no acumulado de janeiro a julho últimos e espera encerrar 2017 com um índice 10% maior do que em 2016, puxado principalmente pela demanda da indústria automotiva, que no primeiro semestre ampliou em 23,3% a produção de veículos em comparação com o mesmo período do ano anterior, como aponta a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O índice de 10% de crescimento projetado para este ano pode até parecer pequeno, mas é muito comemorado pela Abifa. Em 2014 o setor fechou com 2,737 milhões de toneladas de peças fundidas, caiu para 2,315 milhões no ano seguinte e chegou a 2,102 milhões em 2016. "Nossa expectativa é atingir os mesmos números de produção de 2015. E estamos muito confiantes nisso, pois já registramos sete meses de crescimento em 2017. Sinto que não estamos mais em um voo de galinha, mas vivemos um crescimento sustentável, que gera muito otimismo no mercado de fundição", afirma Roberto João de Deus, diretor-executivo da Abifa.

O crescimento sustentável mencionado pelo diretor-executivo é refletido pelos números mais recentes do mercado. Em maio, o setor produziu 185,4 mil toneladas de peças fundidas, 6,3% a mais do que o mesmo mês em 2016, quando registrou 178,3 mil toneladas. Em junho e julho últimos a produção atingiu, respectivamente, 190,8 mil e 195,9 mil toneladas, contra 181,5 e 176,5 mil toneladas nos mesmos períodos do ano passado.

O Brasil tem capacidade de produzir, anualmente, 4 milhões de toneladas. Se mantida a produção estimada de 2,3 milhões neste ano, o país se manteria no ranking dos dez maiores mercados de fundição do mundo, que é encabeçado pela China (45,6 milhões de toneladas), seguido pela Índia (10,77 milhões), Estados Unidos (10,39 milhões), Japão (5,4 milhões), Alemanha (5,31 milhões), Rússia (4,2 milhões), Coréia (2,62 milhões) e México (2,56 milhões). Do que o país produz anualmente, cerca de 20% é destinado às exportações, especialmente para o mercado norte-americano (42,5%) e América do Sul (19,3%).

O setor de fundição é a base de toda a indústria e um dos principais termômetros da economia. De acordo com a Abifa, o Brasil tem 1.167 empresas de fundição, que empregam cerca de 50 mil pessoas, 40% delas atuando com a fundição de ferro, 21% alumínio e 14%, com aço. Outras 25% das companhias trabalham com metais não ferrosos, cobre, zinco e magnésio. Juntas, elas foram responsáveis por gerar uma receita de perto de US$ 6,9 bilhões em 2015, número que se repetiu no ano passado. "Em 2017 devemos fechar com US$ 7,5 bilhões. E estamos muito confiantes em atingir a meta, pois a indústria automotiva, que representa mais de 60% das demandas do nosso setor, deve produzir 2,619 milhões de veículos, segundo a Anfavea, que representa 21,5% mais do que em 2016", afirma o diretor-executivo da Abifa.

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