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Tecnologia explorada por startup originada na Fiep é apresentada em Paris

Publicado em 28/09/2017

Antes de completar um ano, a GoEpik já chama atenção de investidores estrangeiros

Fonte: Portal da Indústria

Foi durante as pesquisas para o trabalho final do curso de Sistemas da Informação, que o empresário paranaense Wellington Moscon se interessou pela tecnologia de Realidade Aumentada. O trabalho foi entregue, mas a curiosidade sobre o uso da tecnologia cresceu e fez com que Wellington criasse a startup que, em poucos meses, é considerada uma das mais atraentes para empresas do Brasil e despertou o interesse de investidores do Vale do Silício, nos Estados Unidos.

A GoEpik nasceu em outubro de 2016 e usa uma plataforma de Realidade Aumentada para resolver problemas de manutenção de máquinas das indústrias, e aumentar a produtividade em 300%. Na última semana, a startup foi apresentada em um evento em Paris, promovido pela Agência de Desenvolvimento Francesa, que dá visibilidade a projetos que promovem a economia sustentável, social e ambiental. O evento contou com a presença do presidente francês, Emmanuel Macron e a GoEpik foi um dos destaques das apresentações.

clique para ampliarA startup utiliza uma plataforma de Realidade Aumentada para resolver problemas de manutenção de máquinas das indústrias capaz de aumentar a produtividade em 300%

Mas antes de ultrapassar as fronteiras nacionais, a GoEpik surgiu a partir de uma outra startup do empresário, a Eruga, que utiliza Realidade Virtual em projetos educacionais. A Eruga ganhou força, e acabou por originar a GoEpik, depois de entrar para o programa de aceleração do Centro Internacional de Inovação da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), que funciona como uma incubadora de empresas.

"O networking que a incubadora trouxe foi muito importante. No caso da GoEpik ainda mais essencial, pois já usávamos a Realidade Aumentada na educação e grandes empresas na indústria começaram a questionar se havia algum projeto para usar a tecnologia nas fábricas. Foi uma demanda que nasceu durante o período da incubadora e gerou uma nova possibilidade”, conta Wellington.

Segundo ele, a Eruga foi graduada na incubadora e a GoEpik pretende ser acelerada no Sistema FIEP a partir de outubro. “Quando começamos a apostar na tecnologia, a expectativa era de que em um prazo de dez anos ela já ia fazer parte do dia a dia das pessoas. Em menos de seis meses, com a Eruga na educação, e a GoEpik nas indústrias, tudo foi mais rápido”, comemora.

Incubadoras - A participação das incubadoras no dia a dia de novas empresas pode funcionar como um “empurrão” fundamental para uma boa ideia se tornar rentável e funcional. Um levantamento realizado em 2016 pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) revelou que o Brasil tem 369 incubadoras de empresas. O número contribui para o desenvolvimento de 2.310 empresas incubadas e outros 2.315 negócios já graduados. De acordo com os dados, as empresas incubadas representam um faturamento anual de R$15 bilhões para o país.

No Paraná, que ocupa o segundo lugar em Inovação de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados, o Centro Internacional de Inovação, do Sistema FIEP, contribui no processo de aceleração de empresas, por meio de acesso a mercado, capital e gestão, com mentoria, consultoria, rede de investidores e articulação com potenciais clientes. Para participar, os empresários passam por um processo seletivo que conta com uma banca avaliadora com a presença da equipe do Centro, especialistas na área de atuação da startup e potenciais investidores para a avaliação da proposta – é necessário que a empresa já esteja constituída; verificação de documentação, conforme estabelecido em edital.

“Se aprovada, a empresa fica incubada pelo período de um ano, no qual é acompanhada por uma equipe multidisciplinar. A cada três meses fazemos uma avaliação de indicadores, diagnóstico do negócio, além de articulação com a rede de investidores e consultoria no plano de marketing daquela empresa”, detalha o gerente do Centro de Inovação, Filipe Cassapo.

De acordo com o gerente, o tempo de incubação pode ser estendido por mais um ano caso seja necessário, mas o período deve estar claro no plano de negócios. “O Centro já possui uma rede de investidores e indústrias que podem ser potenciais alavancadores dos projetos. Temos cases de sucesso, em que empresas incubadas saem com uma carta de clientes invejável depois do período de monitoria do Centro”, conta.

Meta ambiciosa - Uma das mais novas empresas incubadas no Centro de Inovação é a Strike XII. Há pouco mais de um mês, a empresa que cria soluções para a manutenção preventiva nas fábricas, tem grandes planos. “Buscamos o apoio de uma incubadora pensando na visibilidade e para estar no radar do mercado. Temos a meta ambiciosa de estarmos posicionados no Brasil como referência para a indústria 4.0", explica Emmanuel Scolimoski, um dos sócios da empresa. Segundo o empresário, o período no Centro de Inovação já permitiu receber vários feedbacks importantes e ter uma percepção maior de como chegar ao mercado.

Atualmente, oito empresas estão incubadas no Centro Internacional de Inovação e outras dez já foram graduadas após o período de monitoria e consultoria.

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