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Publicado em 01/09/2017
Fonte: CNI
Maior complexo para inovação da América Latina, o Instituto SENAI de Inovação – Centro Empresarial de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Elétrica e Eletrônica (ISI-CEDIIEE) conta com novo estímulo financeiro para se concretizar. O BNDES aprovou financiamento de R$122,8 milhões para a unidade, a ser instalada em Itajubá, no Sul de Minas Gerais. Um primeiro financiamento já havia sido aprovado em 2014, no valor de R$ 76,1 milhões. O investimento total do complexo é de cerca de R$ 425 milhões.
“Itajubá tem, reconhecidamente, uma das melhores escolas de engenharia do Brasil, técnicos e mão de obra de alta qualidade. A indústria de Itajubá é uma das que mais cresce em Minas Gerais. Nesse sentido, a cidade já se classifica para receber um investimento desse porte”, ressaltou o presidente da FIEMG, Olavo Machado Junior.
O projeto é desenvolvido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), FIEMG, Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares no Estado de Minas Gerais (SINAEES MG) e conta com a parceria do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da CODEMIG, além da FAPEMIG e CEMIG. Com obras iniciadas em janeiro de 2015, o complexo será concluído até 2020, quando estará entre os dez maiores do mundo. A etapa inicial da obra já foi executada, com terraplenagem e asfaltamento da área. A próxima etapa contempla a construção da Subestação de 138kV e, em seguida, se iniciará a aquisição dos equipamentos, além da construção da estrutura predial.
PIONEIRISMO - A coordenadora do ISI-CEDIIEE, Gilmara de Oliveira, informou que o complexo ocupará uma área total de 210 mil metros quadrados e 60 mil metros de área útil, e será pioneiro na América Latina na pesquisa e desenvolvimento de novos equipamentos, utilizando para isso, principalmente o laboratório de Alta Potência. Neste laboratório será instalado Gerador de Curto Circuito próprio, tornando-o independente da concessionária, dando total flexibilidade para sua utilização. A estrutura contará, inicialmente, com quatro laboratórios para atender à demanda da indústria nas áreas de Alta Tensão, Alta Potência, Elevação de Temperatura e Ensaios Mecânicos.
As grandezas instaladas permitirão à indústria brasileira desenvolver novos equipamentos e sistemas, comparáveis com outras tecnologias de ponta no mundo. Poucos países contam com infraestrutura similar de P&D&I integrada ao setor industrial e a realização de testes em equipamentos elétricos e eletrônicos como os previstos no ISI-CEDIIEE, entre eles, EUA, Canadá, Holanda, Japão e outros países da Europa Ocidental.
COMPETITIVIDADE - O Brasil tem importante e diversificada base industrial de fornecedores da cadeia elétrica, que pode se beneficiar da nova infraestrutura. Ela foi viabilizada por meio da demanda de uma estrutura de P&D&I para o setor de geração, transmissão e distribuição de energia, que consome de uma maneira muito forte os equipamentos e sistemas que serão desenvolvidos e testados em Itajubá. A estrutura do laboratório terá capacidade técnica para ensaios de classe de tensão de até 550kV, com ensaios de alta potência até 1500MVA e na elevação de temperatura com até 25.000A.
De acordo com o presidente da FIEMG, Olavo Machado Junior, num prazo muito curto, vários outros setores industriais como óleo e gás, eólico, naval, têxtil, materiais elétricos, materiais para construção civil e materiais de isolamento irão se beneficiar desta estrutura para fazer seu desenvolvimento. “O ISI-CEDIIEE certamente elevará a competitividade e inserção de novas empresas, num mercado produtor anteriormente extremamente restrito, incentivando geração de empregos qualificados e impulsionando atividades de P&D&I”, disse.
O presidente da FIEMG informou ainda que já existem empresas americanas conversando com a Prefeitura de Itajubá, interessadas em se instalar próximo ao Laboratório, “da mesma forma, grande fabricante chinês, além de outras que consultam para ali se instalarem”.
EMPRESAS ESTRANGEIRAS - O Instituto SENAI de Inovação de Itajubá, que só deve ser concluído em 2020, já atrai o interesse internacional. Empresas americanas e um grande fabricante chinês manifestaram interesse em se instalar próximo ao terreno onde será construído o complexo. Os detalhes você pode conferir na reportagem publicada no Diário do Comércio.
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