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Publicado em 30/08/2017
Fonte: Agência Fiep
O consumidor final como protagonista e como alvo de todas as soluções é o que deve nortear os avanços tecnológicos na era da quarta revolução industrial. O tema foi debatido por especialistas nesta quarta-feira (16), em Curitiba, na Jornada para o Mundo Digital, realizada pelo Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). O evento reuniu cerca de 850 pessoas entre industriais, lideranças empresariais e profissionais da área de tecnologia para mostrar os avanços tecnológicos que já aconteceram nas duas últimas décadas e falar sobre o que está por vir na Indústria 4.0.
O consumidor final como protagonista e como alvo de todas as soluções é o que deve nortear os avanços tecnológicos na era da quarta revolução industrial. O tema foi debatido por especialistas em 16 de agosto, em Curitiba, na Jornada para o Mundo Digital, realizada pelo Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). O evento reuniu cerca de 850 pessoas entre industriais, lideranças empresariais e profissionais da área de tecnologia para mostrar os avanços tecnológicos que já aconteceram nas duas últimas décadas e falar sobre o que está por vir na Indústria 4.0.
A presidente da Microsoft citou como exemplo de um serviço que interage e aprende com o usuário a Cortana,
uma assistente virtual inteligente do sistema operacional Windows 10, desenvolvida pela Microsoft. O sistema lembra o usuário
de datas importantes, como aniversário de familiares e amigos, sugere presentes e finaliza compras, por exemplo. Tudo
para facilitar a vida dos usuários e poupar tempo.
Fazer e pensar diferente
“A transformação digital não pode ser mais do mesmo. Tem que ser algo diferente e deve acontecer em toda a organização e não mais apenas em um setor”, destacou Cassio Dreyfuss, vice-presidente de pesquisa da Gartner Research, organização de pesquisa na área tecnológica. Segundo ele, a tecnologia está disponível. “O problema é a cultura e isso não se muda do dia para a noite”, disse. Para ele, esta transformação deve estar pautada em quatro pilares: tecnologia, gestão, gente e liderança.
Dreyfus diz que a transformação digital vai acontecer num prazo de quatro a cinco anos e deve começar com o engajamento das pessoas. “É preciso engajar as pessoas, depois criar a visão e o plano. Este plano deve ser executado, monitorado e ajustado sempre que necessário”, disse. “A transformação digital prevê a mudança das organizações que trabalham no sistema de comando e controle para passar a trabalhar com liderança e colaboração”, frisou.
Leia também: Gerar experiências e diminuir a complexidade das tarefas é um desafio da indústria 4.0
O prazo para implementar a digitalização e conexão dos processos pode variar, mas é algo que em breve será realidade. “A jornada digital é um caminho sem volta e sem fim. É permanente. É preciso falhar cedo e aprender rápido. É preciso ser rápido e sair na frente”, disse Rogério Martins, vice-presidente global da Whirlpool – Inovação e Desenvolvimento de Produtos de Refrigeração. Segundo ele, o tempo é o recurso mais valioso para todas as pessoas. Por isso, todas as empresas devem ter o consumidor no centro de suas atenções para promover soluções que facilitem a sua vida. “É preciso conhecer melhor o consumidor. É para ele que devemos fazer a transformação digital. Se focarmos em qualquer outra coisa que não seja o consumidor vamos nos desviar do nosso propósito. “A tecnologia sem propósito é complexidade”, disse.
No setor onde atua, Martins conta que a transformação digital viabiliza, por exemplo, o monitoramento da performance dos eletrodomésticos remotamente e consegue atuar de forma proativa com a prestação de serviços. “Não é um redesenho. É preciso repensar tudo e tudo tem que estar focado em soluções relevantes para o consumidor”, frisou.
Tecnologia e produtividade
O diretor de educação e tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael, Lucchesi informou que a indústria brasileira ainda usa a tecnologia de forma incipiente. “Embora 85% dos executivos brasileiros considerem a indústria 4.0 como algo importante, apenas 48% afirmam que fazem uso das modernas tecnologias de digitalização. “Temos que melhorar o uso da tecnologia, adotar plantas industriais inteligentes e customizadas. Segundo ele, a tecnologia pode contribuir para melhor os níveis de produtividade no Brasil. Hoje o rendimento de quatro trabalhadores brasileiros equivale a um trabalhador norte-americano. “Neste quesito estamos atrás de México e Argentina”, disse.
Lucchesi destacou a importância de formar o trabalhador para atuar na Indústria 4.0. “Hoje 78% do emprego no Brasil é desempenhado por pessoas com qualificação técnica e apenas 3% por profissionais com ensino superior”, informou. Ele lembrou que o Senai teve papel decisivo na terceira revolução industrial formando mão de obra e agora terá também papel decisivo na quarta revolução”, disse, acrescentando que cerca de 95% das vagas abertas pelo setor industrial demandam profissionais formados pelo Senai. Segundo Lucchesi, o desafio é grande porque estima-se que 65% das crianças de hoje atuarão no futuro em profissões que ainda não existem.
O diretor da CNI citou o programa Lean Manufacturing (Manufatura Enxuta), do Senai. O programa começou com a meta de buscar um ganho de 20% de produtividade e nas 2.300 indústrias que estão sendo atendidas já conseguimos alcançar um aumento médio de 52% em cerca de dois anos do programa.
Lucchesi falou também das soluções tecnológicas que estão em desenvolvimento na rede de institutos de tecnologia e de inovação do Senai, como robôs autônomos para trabalhos em poços de alta profundidade e tintas automotivas regenerativas.
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