e receba nosso informativo
Publicado em 22/11/2016
Fonte: Agência Fiep
Os três principais itens que compõem os indicadores industriais, divulgados mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) se revelaram negativos de janeiro a setembro na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo avaliação da área econômica da entidade, ainda não há sinais de retomada da indústria do Estado no encerramento do terceiro trimestre de 2016.
“A persistência desses sinais negativos é resultado de políticas equivocadas adotadas ao longo de mais de uma década, que perversamente desorganizaram as atividades industriais”, explica a instituição em relatório divulgado junto aos resultados. O documento cita, como fruto dessa política equivocada o retorno da inflação, redução dos investimentos e da poupança, falta de sincronia entre expansão da demanda e da oferta doméstica — impulsionada por crédito farto, que empurrou a um grau inusitado de endividamento dos indivíduos e das famílias — e o progressivo solapamento dos níveis de produtividade. “Esta conjuntura torna o futuro da indústria ainda mais sombrio”, destaca o material, uma vez que, por revelar maior nível de atividade industrial no terceiro trimestre, é nesse período que as indústrias conseguem gerar caixa para os desembolsos de décimo terceiro e pagamento de férias, explica a análise.
Vendas Industriais
Entre janeiro e setembro, o indicador apresentou queda de 6,91% contra o mesmo período de 2015. No mês a mês, o recuo é de 4,87%. Já na comparação com setembro de 2015, o encolhimento é de 16,30%. A redução foi provocada principalmente pelo desempenho negativo detectado em 13 dos 18 gêneros pesquisados.
Compras Industriais
O recuo também foi constatado nas compras de insumos industriais; a retração foi de 4,98% entre janeiro a setembro contra o mesmo período de 2015. Na relação com agosto deste ano, a variação negativa é de 2,94%. No acumulado dos nove meses do ano sobre os mesmo intervalo do ano passado, 12 dos 18 gêneros avaliados registraram desempenho negativo.
Nível de emprego
A queda medida no nível de emprego total na indústria do Estado foi de 3,76% na comparação janeiro-agosto contra o mesmo período do ano passado. Entre setembro e agosto, porém, o aumento foi discreto: 0,17%. No intervalo de nove meses deste ano contra o intervalo igual de 2015, a pesquisa identificou retração em 14 dos 18 gêneros pesquisados. A massa salarial líquida, no mês a mês, cresceu 1,37%, e as horas trabalhadas aumentaram 0,33%. Já a utilização da capacidade instalada encolheu três pontos percentuais, ficando em 69% — o nível é quatro pontos percentuais inferior ao registrado em setembro de 2015.
Para a Fiep, a impossibilidade que as empresas terão de estabelecer um ‘colchão financeiro’ neste período, considerado intermediário, deve resultar em dificuldades de fluxo de caixa nos próximos meses.
Envie para um amigo