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Publicado em 10/10/2016
Os recursos alocados em pesquisa e desenvolvimento despencaram no Brasil em 2016. Levantamento inédito da
Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), coordenada pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI), mostra que o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) investiu, até junho deste ano, R$ 1,4 bilhão em inovação, valor quatro
vezes menor do que o total dispendido em 2015, ano em que R$ 6 bilhões foram desembolsados para custear projetos e
pesquisas.
Embora, no segundo semestre, o número possa subir, o dispêndio atual é semelhante ao de 2010, quando
a agenda de inovação era pouco representativa no crédito oferecido pelo maior
banco de fomento do país. Além disso, recursos não reembolsáveis, mais utilizados por empresas
de maior risco tecnológico, representam apenas 5% dos valores empenhados pelo banco.
Para o coordenador
executivo da MEI e superintendente nacional do Instituto Euvaldo Lodi
(IEL), Paulo Mól, o cenário representa um retrocesso e coloca o Brasil na contramão de outros países,
como Estados Unidos e China, que ampliaram seus investimentos em P&D mesmo durante crises econômicas. "Acessar esse
crédito ficou mais caro e as garantias exigidas para a tomada de financiamento inibe a estratégia de inovação
das empresas. A agenda de inovação precisa ser uma prioridade, pois é ela que vai recolocar o país
no caminho do crescimento", pondera.
O grau de inovação de um país é um dos critérios
usados no ranking de competitividade de países do Fórum Econômico Mundial. Na última edição,
divulgada no fim de setembro, o Brasil apareceu em 81º lugar, a pior posição em duas décadas. Apenas
nos últimos quatro anos, o Brasil caiu 33 posições na lista.
Fonte: Agência
CNI de Notícias
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