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Publicado em 16/08/2016
Áreas de trabalho com boas oportunidades e demanda como as engenharias, tecnologias e demais ciências exatas, bastante demandadas pela indústria, são bons caminhos de emprego para os jovens. Mas para isso, os jovens precisam repensar a indústria e ver a educação profissional como oportunidade de carreira, segundo o gerente de programas sênior do Centro Internacional de Formação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Alexis Hoyaus. Ele participou de palestras e painéis da Conferência Internacional de Educação Profissional, que acontece em Curitiba, até o dia 12 de agosto.
Para Hoyaus, o jovem precisa mudar as ideias clássicas de estudos que tenham mais ênfase para setores sociais. “O trabalhador tem que pensar de que maneira isso pode ser revisto, quais os caminhos em que há emprego, porque o crucial nesse momento é a busca por emprego e há uma demanda por gente qualificada nesse setor, de engenharia, e isso em nível internacional”, explica.
Outro fator importante apontado por ele e que precisa ser desmistificado é a universidade como o único futuro promissor para a educação formal do jovem. Ele afirma que, não somente no Brasil e na América Latina, mas em países desenvolvidos da Europa, a educação profissional, na qual se enquadram, por exemplo, a aprendizagem e os cursos técnicos, ainda possui um status menor que a universidade.
EDUCAÇÃO PARA A INDÚSTRIA - Hoyaus elogia atitudes de centros de formação profissional como os do Brasil mantidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Para ele, esse paradigma sobre a educação profissional ter baixo status pode mudar se um organismo como o SENAI inspira o jovem, dada a tecnologia que possui. “Se não há inspiração ao jovem, é tempo perdido; e para inspirar tem que ter possibilidades de ir para uma empresa”, explica. Um exemplo dado pelo gerente é o que se faz no Paraná com a Faculdade da Indústria do SENAI, que une a universidade, prestigiada pelo jovem, com a educação profissional, necessária para o emprego.
A profissionalização para a indústria é um caminho, inclusive, para que o Brasil possa deixar a crise econômica para trás, na opinião de Hoyaus. O gerente da OIT acredita que, assim como o país saiu de outras crises, possui setores muito bem organizados que podem ajudar na guinada da economia. Um exemplo são os centros de formação profissional. O SENAI, na opinião do gerente, tem essa metodologia de ensino que sempre antecipa o que será necessário nos próximos anos na indústria. “Isso, para mim, na América Latina, só tem no Brasil”, enfatiza.
A Conferência Internacional de Educação Profissional, realizada em Curitiba (PR) e organizada pelo SENAI no Paraná, reúne autoridades de vários países do mundo e busca realizar um intercâmbio e troca de experiências entre especialistas e profissionais. Participam palestrantes e conferencistas da América Latina, Estados Unidos, Europa e Ásia.
Fonte: Agência Fiep
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