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Publicado em 24/02/2016
O governador Beto Richa assinou, nesta terça-feira (23), o protocolo de intenções para inclusão
da Aldo Componentes Eletrônicos no programa de incentivos Paraná Competitivo. A empresa vai investir R$ 33,5
milhões na expansão das operações em Maringá, no Noroeste do Estado.
Fabricante
e distribuidora de equipamentos de informática, a Aldo vai construir uma nova fábrica de computadores, investir
em um projeto de reciclagem de lixo eletrônico e concentrar a importação de peças e equipamentos
pelo Paraná.
“Esse é mais um investimento que atesta o bom momento do Paraná,
que vive o maior ciclo industrial da sua história. Conseguimos retomar a credibilidade com o setor produtivo e o Paraná
Competitivo foi coroado com um sucesso além das nossas expectativas”, disse o governador.
Richa
ressaltou a importância do investimento privado e do programa de incentivos para geração de empregos e
tributos. “São empresas que estão se instalando e ampliando operações, desenvolvendo novos
produtos, com geração de novas vagas. Em um momento em que o Brasil vive uma recessão, com dois milhões
de desempregados, esse projetos mostram que o Paraná caminha na contramão do restante do País”,
disse ele ao lembrar que o Paraná foi eleito, no ano passado, pelo grupo The Economist, o segundo estado mais competitivo
do País, atrás apenas de São Paulo.
PROJETO - A ampliação da Aldo deve gerar
20 novos empregos em 2016 e mais 60 em 2017. A empresa calcula que o número de empregos indiretos pode chegar ao dobro
dos diretos.
A nova fábrica terá o triplo do tamanho da atual, que opera a 100% da capacidade,
de acordo com o diretor presidente da Aldo, Aldo Pereira Teixeira.
A unidade industrial, com 18 mil metros
quadrados de área construída, será erguida em um terreno de 23 mil metros quadrados, a 150 metros da
atual.
“O Paraná Competitivo foi fundamental para a realização do projeto. Em
um momento em que a crise econômica coloca todos os empresários para baixo, estamos assumindo um compromisso
de crescimento com o Estado e o País”, afirmou Teixeira.
Para o secretário da Fazenda, Mauro
Ricardo Costa, o programa Paraná Competitivo permite que o empresário invista, crie emprego, amplie o desenvolvimento
e contribua com a geração de riquezas.
“O investimento da Aldo mostra a solidez do Estado
em atrair novos projetos de investimento. Mesmo com a crise econômica, o Estado aprova pelo programa Paraná Competitivo,
em média, dois novos projetos de investimento por mês”, disse.
CRESCIMENTO - De acordo
com Teixeira, a Aldo investe porque está conseguindo crescer mesmo com a retração do mercado. Levantamento
do IDC, consultoria especializada em dados do setor, mostra um recuo de 31% nas vendas de desktops em 2015 na comparação
com 2014. A previsão da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
(Abinee) é de uma queda de 18% nas vendas em todo o País em 2016.
A Aldo, no entanto, registrou
um crescimento de 49% nas vendas em 2015, com 44,3 mil máquinas comercializadas. A previsão para 2016 é
de um acréscimo de 65%, para 73,5 mil unidades, e de 75% em 2017, para 128 mil máquinas.
De
acordo com Teixeira, o crescimento da Aldo se ampara na entrada de categorias inovadoras, como desktops compactos e dispositivos
compute stick, que tem tamanho de um pendrive, mas permite transformar qualquer monitor ou TV com HDMI em um computador.
IMPORTAÇÕES – Além da indústria de computadores - fabrica as marcas Ultratop e Centrium
- a empresa revende equipamentos de outros grandes fabricantes. Um dos objetivos é centralizar a interiorização
das importações pelo Paraná. Até então, isso era feito por meio de um escritório
da empresa no Espírito Santo, que será desativado, de acordo com Teixeira. A empresa vai retomar as importações
de processadores da Intel por meio de voos entre Miami e Maringá.
Para o secretário de Planejamento
e Coordenação Geral, Silvio Barros, o projeto da Aldo vai fazer com que Maringá reforce o seu polo de
informática e também aeronaútico, com a vinda de mais voos de cargas.
SUSTENTABILIDADE
- O projeto da Aldo está inserido em um programa de sustentabilidade, com construção de uma usina fotovoltaica
com capacidade para 170 KW, que deixará a empresa autossuficiente em energia.
A empresa também
vai reaproveitar a água da chuva e firmou o compromisso de reciclar oito toneladas de lixo eletrônico gerados
em 2016. “Esse projeto está em andamento, conseguimos reciclar seis toneladas de lixo eletrônico no ano
passado”, diz Teixeira.
Fundada em 1982 em Maringá, a Aldo espera aumentar o faturamento de
R$ 260 milhões registrado no ano passado para R$ 380 milhões em 2016. “O nosso objetivo é chegar
a R$ 400 milhões em 2017 e R$ 420 milhões em 2018”, acrescenta.
Acompanharam o evento
a vice- governadora Cida Borghetti, o presidente da Agência Paraná Desenvolvimento, Adalberto Netto, a deputada
estadual Maria Victória e técnicos de secretarias.
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