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Publicado em 22/01/2016
O Brasil ocupa apenas a 67° lugar na 3ª Edição do Índice de Competitividade Global de Talentos
(GTCI), que acaba de ser lançado pelo Insead. No estudo realizado em parceria com o Grupo Adecco e o Instituto de Liderança
do Capital Humano de Cingapura (HCLI), o Brasil apresentou queda significativa em sua posição - em 2014, ocupou
o 49° lugar. É importante destacar que o estudo avaliou 109 países, e o Brasil ficou atrás de países
em desenvolvimento como Malásia, Costa Rica e Arábia Saudita.
Os três países com melhor
posição em relação à competitividade de talentos são: Suíça em primeiro
lugar, seguido por Cingapura e Luxemburgo, respectivamente, mantendo a mesma classificação de 2014.
Os três países com melhor posição em relação à competitividade de talentos
são: Suíça em primeiro lugar, seguido por Cingapura e Luxemburgo, respectivamente, mantendo a mesma classificação
de 2014. Na sequência, entre os dez melhores colocados aparecem pela ordem, os EUA, Dinamarca, Suécia, Reino
Unido, Noruega
4 EUA, Canadá e Finlândia.
Países classificados no top 10 demonstram claramente
a abertura em termos de mobilidade de talentos - perto de 25% das populações da Suíça e Luxemburgo
são originais de países
estrangeiros; a proporção é ainda maior em Cingapura, 43%.
A proporção também é significativa em países como Estados Unidos (4), Canadá (9),
Nova Zelândia (11), Áustria (15)
e na Irlanda (16).
Houve pouca mudança no top 20 desde
o lançamento da última edição do relatório GTCI, com exceção da República
Tcheca (20), que entrou nesse grupo, da Nova Zelândia, que melhorou seu desempenho de forma significativa, e do Canadá
e da Irlanda,
que apresentaram declínios consideráveis.
O tema deste ano, "Atração
de Talentos e Mobilidade Internacional", se concentra em descobertas relacionadas à correlação significativa
entre a mobilidade de talentos e a
prosperidade econômica. A mobilidade é vital para preencher lacunas de
formação; um grande número de pessoas empreendedoras e inovadoras nasceu ou estudou no exterior.
Não é surpreendente, portanto, que os países do topo do ranking têm se posicionado como destinos
desejáveis para trabalhadores altamente qualificados. Confrontados com os novos tipos de fluxos migratórios,
tomadores de decisão precisam formular políticas e estratégias para abordar tanto as preocupações
imediatas dos seus círculos eleitorais como os interesses em longo prazo de seus cidadãos.
Ilian
Mihov, reitor do INSEAD, disse:
"Com a dinâmica dos mercados de trabalho globais mudando rapidamente, o GTCI
é cada vez mais relevante para
os principais influenciadores à procura de instrumentos quantitativos e
recomendações para ajudar a impulsionar a competitividade e construir uma ponte sobre os desafios trabalhistas
que enfrentam; até mesmo as grandes economias como a China, Alemanha e Brasil não estão livres de deficiências
graves de trabalho", comenta Ilian Mihov, reitor do Insead. "Estamos certos de que o GTCI 2015-16 enfatiza a importância
da educação profissional e tem gerado um feedback positivo em todo o mundo. Agora, estamos vendo a formação
profissional emergindo como um pilar em muitas abordagens políticas. Nos próximos anos, estamos ansiosos para
envolver continuamente nossa audiência global no diálogo de alta qualidade como parte de nossos esforços
para ajudar os influenciadores e tomadores de decisão a impulsionarem a competitividade e prosperidade de talentos",
acrescenta.
Bruno Lanvin, diretor executivo de Índices Globais do Insead e coeditor do relatório
comenta. "Uma das principais recomendações do relatório é que os países precisam ser mais
eficientes na gestão de novas dinâmicas emergentes, a chamada 'circulação de cérebro'".
Ainda segundo Lanvin, "enquanto a mobilidade econômica temporária de pessoal altamente qualificado pode, inicialmente,
ser vista como uma perda para o seu país de origem, os países têm de entender que isso se traduzirá
em ganho líquido quando esses profissionais retornarem. A maneira como Taiwan construiu sua indústria de eletrônicos
a nível mundial, através de repatriados do Vale do Silício, é um modelo que muitos querem copiar".
Lavin alerta, porém, que "as novas tecnologias podem criar desafios para os trabalhadores em diferentes níveis
de
habilidades: empregos de baixa complexidade estão sendo substituídos pela automação; empregos
de média complexidade podem ser supridos por algoritmos".
"Nossa análise global dos dados mostra que é
preciso mais do que pagar para atrair e reter talentos, mesmo quando se tratam de talentos estrangeiros - a qualidade das
práticas de gestão é cada vez mais importante. Enquanto as oportunidades de ensino superior continuam
sendo um fator chave para a atração e retenção de talentos, um fator não menos importante
é o
profissionalismo de empresas e suas práticas de gestão, situação exemplificada
pelas altas classificações dos países nórdicos no ranking, que particularmente atingiram alta
pontuação
em meritocracia, gestão de carreira e atenção ao desenvolvimento dos funcionários.
Isto é especialmente importante para a geração deste milênio, que se tornará nos líderes
criativos do futuro", comenta Paul Evan, orofessor titular de Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional, Emérito
pelo Insead e diretor acadêmico e coeditor do GTCI.
"O mundo do trabalho está mudando mais rápido
do que nunca, trazendo grandes desafios e oportunidades. 200 milhões
de pessoas estão desempregadas e cerca
de 1 em 2 tipos de emprego está em risco devido à automação. Com a digitalização
e o avanço das tendências de envelhecimento (a escolha por
profissionais cada vez mais jovens é uma
realidade), o GTCI confirma a importância da mobilidade de talentos, fundamental para impulsionar a competividade e
equilibrar os excedentes e déficits de competências em todo o mundo. Países campeões em talentos
demonstram que, para atraí-los, os governos devem investir em centros de educação e conhecimento, bem
como reduzir a burocracia e simplificar os mercados de trabalho. Os
empregadores devem promover a mobilidade de talentos
e investir em uma alta conectividade para capitalizar tecnologias, aproveitar as oportunidades oferecidas pela economia global
e
gerar empregos", observa Alain Dehaze, CEO do Grupo Adecco.
.
"A circulação de talentos entre
países é sustentada por um conjunto completo de fatores econômicos, políticos e sociais. A formação
da Comunidade Econômica da Asean (AEC)
demonstrou que os países que são tradicionalmente conhecidos
como 'ímãs de talentos' podem perder os seus talentos locais para outros mercados emergentes. Temos de estar
conscientes que, quando se trata de competitividade de talentos entre países, profissionais qualificados não
são permanentes e, muitas vezes, procuram por 'pastos mais verdes' e agarram outras oportunidades de carreira, locais
ou globais. O desafio, portanto, é aos países, na inovação de como eles constroem, atraem e retêm
talentos", comenta Wong Su-Yen, CEO do Instituto de Liderança do Capital Humano (HCLI).
.
Alguns países
já começaram a atrair a atenção de investidores internacionais por causa de talentos criativos
a um custo razoável: China, Coréia do Sul, Filipinas e Vietnã na região Ásia-Pacífico;
Malta, Eslovênia, Chipre e Moldávia na Europa; Turquia, Jordânia e Tunísia na região do Oriente
Médio e norte da África; e Panamá na América Central.
Novos 'ímãs de
talentos' estão surgindo: enquanto os EUA, Cingapura e Suíça têm sido atraentes para talentos,
a concorrência pode se tornar feroz entre os centros de talentos emergentes, como Indonésia, Jordânia,
Chile, Coreia do Sul, Ruanda e Azerbaijão, destinos cada vez mais procurados.
Fonte: IPESI
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