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Publicado em 22/01/2016
A confiança gerada pela chegada de novas tecnologias cresce a cada dia, mas os desafios ainda são grandes.
É o que indica a quinta edição do Barômetro Global da Inovação, da GE. Segundo o
estudo, sessenta e oito por cento dos executivos e 64% dos cidadãos citam como positiva a antecipação
da quarta revolução industrial e que já estamos enfrentando uma mudança radical no setor industrial
por processos avançados de produção. Além disso, o Big Data já é utilizado por 61%
dos executivos para tomada de decisões, sendo que, em 2014, esse número era de 53%.
Mesmo a inovação
sendo um processo de longo prazo, resultados concretos já estão sendo percebidos pelos entrevistados. Uma média
de 77% já verificou retornos financeiros advindos de processos colaborativos. Dentre os brasileiros, esse número
sobe para 80%. Mais da metade dos executivos (68%) declararam que suas empresas estão abertas a dividir riscos associados
com a inovação. Ainda assim, mais da metade dos entrevistados (57%) são favoráveis a enquadrar
a inovação como um incremento dos seus negócios, a fim de proteger seu core business.
Sobre
os desafios internos das empresas nesse processo, a cultura organizacional é apontada pelos entrevistados como algo
que necessita de mudanças. Isso porque, para inovar, é necessário um ambiente em que a criatividade seja
valorizada, com processos mais simples e funcionários motivados. A cultura das startups é mencionada por 81%
dos executivos como um exemplo para a criação de uma cultura de inovação dentro das empresas de
todos os tamanhos.
Neste ciclo de mudanças, o futuro do trabalhador também sofrerá transformações.
Os executivos estão buscando profissionais com capacidade de solucionar problemas (56%) e criativos (54%), além
de haver uma grande demanda por trabalhadores com alta qualificação. Já o público geral busca
empresas com culturas similares às de startups e com valores flexíveis (89%), bem como a possibilidade de trabalhar
remotamente (79%). Apenas alguns países acreditam ter um sistema de ensino pronto para enfrentar as futuras competências.
Enquanto os cidadãos de Índia (81%), China (78%) e Indonésia (76%) consideram que seus países
estão preparados, no Brasil apenas 17% tem a mesma percepção.
Os executivos esperam que a
revolução digital promova um ambiente de trabalho mais seguro (43%). Apenas 17% dos executivos e 15% do público
em geral veem um impacto negativo dessa revolução. Estados Unidos, Índia, China e Alemanha são
os países que mais acreditam em um resultado positivo, enquanto Japão, França e Suíça são
mais céticos.
Tanto executivos quanto o público em geral acreditam que as autoridades públicas
devem oferecer mais suporte à inovação. Cinquenta e sete por cento dos cidadãos disseram que as
regulamentações de seus países não oferecem medidas de suporte a companhias inovadoras. Já
64% do público está disposto a oferecer acesso a seus dados se isso lhes proporcionar melhores serviços.
No Brasil essa taxa é muito similar (65%).
O setor de energia foi apontado pelo público em geral
como o que mais se beneficiará com a inovação (61%). No entanto, as empresas do setor energético
são menos confiantes a respeito dessa quarta revolução industrial do que outras companhias (50% confiantes
vs. 60%).
A pesquisa encomendada pela GE e conduzida pela Edelman Berland foi realizada de 13 de outubro a 7 de
dezembro de 2015. Foram feitas 2,7 mil entrevistas com executivos sêniores de 23 país, sendo todos altamente
engajados na gestão das estratégias de inovação das empresas em que atuam. Pela primeira vez,
a pesquisa recolheu também dados de mais de 1,3 mil pessoas interessadas no tema, com 13 diferentes nacionalidades,
a fim de ampliar e estimular o debate sobre o assunto.
Os países envolvidos na pesquisa são: África
do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argélia, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Emirados
Árabes, EUA, França, Índia, Indonésia, Israel, Japão, Malásia, México, Nigéria,
Polônia, Rússia, Suécia e Turquia.
Fonte: IPESI
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