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Publicado em 17/12/2015
Maior fabricante mundial de robôs para a indústria automotiva, com 26% do mercado global, a japonesa Yaskawa Motoman ainda tem penetração modesta no Brasil, onde atua com escritório comercial desde 1999, mas projeta relevante expansão desse mercado nos próximos anos. Apesar do cenário econômico de retração, a empresa avalia que os baixos índices de produtividade e robotização no País vão obrigar montadoras e fornecedores de autopeças a elevar significativamente a automação de suas linhas de produção, para reduzir custos e elevar a competitividade internacional.
“O potencial de crescimento do setor é enorme. No curto prazo ainda carecemos superar a crise política que parou o País, mas no médio e longo prazo a expansão da robotização nas fábricas brasileiras pode atingir taxas de dois dígitos se houver acesso a linhas de crédito com taxas de juros justas”, avalia Icaru Sakuyoshi, gerente geral da Yaskawa no Brasil. “O BNDES já sinalizou o desejo de apoiar empresas que buscam investir em bens de capital, inclusive na área de automação, e está ofertando novas linhas de créditos com taxas atraentes, que podem ser contratadas diretamente”, destaca.
A Yaskawa tem fábricas no Japão e China e atua com escritórios comerciais em 28 países. Segundo levantamento da revista Automation News, em um mapeamento mundial apresentado em julho passado a Yaskawa figurava em primeiro lugar, com 300 mil robôs instalados. No Brasil, a empresa fornece robôs para as operações locais de duas montadoras, Honda e Toyota, em aplicações nas linhas de armação de carrocerias, pintura, forjaria e estamparia. Também são clientes diversos fabricantes de autopeças, como Magneti Marelli, Tenneco, Faurecia, Aethra, Gestamp, Federal Mogul, Scorpios, Magna Cosma, Sodecia, Keiper, Delga, Uliana, Maxion, Arteb, Formtap e Inylbra, entre outros.
“O Brasil representa um enorme potencial para nosso grupo, tendo em vista a baixa densidade de robôs”, explica Sakuyoshi. Segundo dados da empresa, o País tem menos de 10 robôs para cada porção de 10 mil trabalhadores; na Coreia do Sul esse índice é de 450 robôs por 10 mil; no Japão essa proporção é de 320; na Alemanha, 280; e nos Estados Unidos, 150. Em números absolutos o Brasil também fica bastante atrás de países industrializados: nas fábricas da China e dos Estados Unidos são instalados anualmente algo em torno de 35 mil e 25 mil robôs, respectivamente, enquanto no Brasil este número não chega a 1,5 mil por ano. “Estamos muito abaixo. Nossa opinião é que a indústria brasileira caminha para corrigir essa ‘miopia’ e enxergará qual o caminho a ser trilhado para voltar a ser produtiva e competitiva”, destaca o gerente.
Como oportunidade de fomentar novos negócios no País, a Yaskawa vai apresentar sua nova geração de robôs e um novo sistema robotizado de corte por ultrassom na Feira da Mecânica 2016, que acontece de 17 a 21 de maio do próximo ano no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.
O aumento de oferta de treinamento e aperfeiçoamento no uso do Robô é um dos principais temas abordados entre os participantes do Grupo de Trabalho de Tecnologias-chave da Rota Metal-mecânica dos Observatórios Fiep/Sesi/Senai/IEL.
Fonte: Automotive Business
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