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Publicado em 13/11/2015
Com a estratégia de minimizar o impacto da significativa queda de demanda do mercado brasileiro com o estímulo
às exportações e o aumento das atividades de suas unidades internacionais, a Marcopolo alcançou
receita líquida consolidada de R$ 1,952 bilhão nos primeiros nove meses de 2015 contra R$ 2,465 bilhões
registrados no mesmo período do ano passado, com queda de 20,8%. As exportações e os negócios
das unidades no exterior da Marcopolo cresceram 31,2% e reduziram a perda de 43,9% gerada no mercado brasileiro.
O aumento das exportações no terceiro trimestre, sobretudo para atender a demanda de ônibus rodoviários,
fez com que a Marcopolo deixasse de adotar, desde o início de outubro, a flexibilização de jornada em
sua unidade fabril de Ana Rech, em Caxias do Sul. No entanto, a unidade Planalto, também em Caxias segue com a programação
de flexibilização de jornada.
Em unidades produzidas, o resultado obtido de janeiro a setembro deste
ano foi 32,6% inferior ao dos primeiros nove meses de 2014(8.768 contra 13.017 unidades). No Brasil foram 6.962 unidades contra
11.344, no mesmo período, com queda de 38,6%. No exterior, houve aumento de 7,9% (1.806 contra 1.673).
MERCADO
EXTERNO - Com o objetivo de superar as dificuldades resultantes de um mercado interno estagnado e com nível de produção
bem abaixo do histórico, a Marcopolo está adotando forças-tarefas para acelerar as atividades críticas
que ajudem a companhia a ampliar os seus negócios e manter o nível produtivo nas unidades brasileiras o mais
elevado possível. A primeira delas foca o aumento das exportações, por intermédio do fortalecimento
da atuação nos mercados tradicionais da América Latina, na recuperação de outros, como
o Oriente Médio e a África, cuja presença foi reduzida nos últimos anos em razão da falta
de competitividade do produto nacional. Também pela abertura de novos mercados e ampliação do portfólio
de clientes no exterior.
A segunda força-tarefa visa a melhora operacional da companhia, com a redução
dos tempos de ciclo de produção, o aumento da eficiência e da otimização das unidades fabris.
E a terceira força-tarefa diz respeito à redução de despesas e custos indiretos.
MERCADO
BRASILEIRO - O resultado alcançado pelo setor brasileiro de ônibus este ano e, em especial, no terceiro trimestre,
demonstra que são necessárias medidas para promover a sua recuperação. A queda de janeiro a setembro
foi de 42,5%, com a aquisição de 10.664 ônibus contra 18.542, no mesmo período de 2014. Uma dessas
medidas poderia ser a maior oferta de crédito, com taxas que estimulassem os operadores a renovarem suas frotas, como
já foi feito com o Finame e o PSI.
No segmento de rodoviários, a publicação da resolução
4.770/15 pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que dispõe sobre as regras do modelo de autorização
das linhas interestaduais e internacionais, traz perspectivas positivas para os próximos trimestres. A limitação
da idade máxima dos ônibus que operam essas linhas em dez anos e da idade média em cinco anos deve estimular
a renovação de frota.
No mercado de urbanos, a demanda segue abaixo do nível normal. Entretanto,
as licitações municipais em algumas cidades do País, como São Paulo e Porto Alegre, a proximidade
das eleições municipais de 2016, os repasses de tarifas e os investimentos em transporte coletivo em razão
da realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro podem destravar o segmento.
No programa
Caminho da Escola, a Marcopolo informa que se habilitou, através de pregão eletrônico finalizado em 20/10/15,
a produzir e fornecer até 500 ônibus escolares com acessibilidade (Onurea). As entregas deverão ter início
em 2016 e se estender ao longo do ano. A empresa informa ainda que do montante relacionado ao programa Caminho da Escola,
em 31/10/15, registrava um saldo a receber de R$ 121,2 milhões.
NEOBUS - O Conselho de Administração
da Marcopolo aprovou a assinatura de uma carta de intenções, não vinculante, para estabelecer as bases
e os princípios para uma potencial incorporação da L&M, controladora direta da San Marino Ônibus
Ltda. (Neobus), pela Marcopolo. Após a assinatura dos documentos definitivos e o fechamento da operação,
as cotas da L&M serão transferidas para a Marcopolo.
De acordo com o CEO da Marcopolo, Francisco Gomes
Neto, as duas companhias continuarão a atuar de maneira independente nos mercados nacional e internacional, em termos
de produtos, rede de comercialização e serviços. "A gestão das empresas continuará separada,
como ocorre atualmente, e como acontece com a unidade de negócio Volare, que tem linha de produtos, rede de representantes/concessionárias
própria e não vinculadas à Marcopolo Ônibus. Além disso, obteremos importantes sinergias
nas áreas administrativas, operacional e de suprimentos", explica o executivo.
Segundo Edson Tomiello, CEO
da Neobus, pelo acordo, a troca de participação por ações da Marcopolo permitirá à
Neobus seguir independente nos aspectos de rede, comercialização, distribuição e portfólio
de produtos. "No futuro, também poderemos aproveitar recursos fabris e logísticos, entre outros benefícios.
O grande objetivo é a expansão internacional, visando otimizar e conquistar novos mercados e solidificar a marca",
enfatiza Tomiello.
A carta de intenções prevê que os atuais controladores da Neobus assumirão
posição de acionistas da Marcopolo, permanecendo na gestão direta das operações da Neobus,
como forma de preservar os fatores competitivos da marca.
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