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Publicado em 05/10/2015
Advogados que desenvolvem trabalhos especializados em direito empresarial na China estão recebendo um crescente
número de e-mails e telefonemas de companhias que buscam ajuda para conseguir ter de volta seus moldes e matrizes que
estão nas mãos de fabricantes chineses, conforme artigo postado por Dan Harris, no Basics of China Business
Law, Legal News.
Sempre que uma companhia estrangeira encerra o trabalho com um fabricante chinês, é
grande o risco de o fabricante segurar o molde da companhia do exterior. Normalmente o fabricante chinês segura o molde
para extrair dinheiro da companhia estrangeira, mas algumas vezes o faz por simples vingança, diz o artigo. "O que
estamos vendo cada vez mais nesses dias é a situação em que o fabricante chinês fecha as portas
e um dos credores do fabricante chinês toma o molde que pertence à companhia estrangeira", continua o artigo.
Harris lembra que o valor verdadeiro do molde muitas vezes excede o valor real. "Nós tivemos mais de um caso
em que companhias norte-americanas expressaram a vontade de pagar de duas a três vezes o valor real do molde para tê-lo
de volta", escreve. De acordo com o articulista, elas querem fazer isso para prevenir que o ex-fabricante ou outra companhia
que retém o molde possa usá-lo para replicar seu produto ou porque precisam ter de volta o molde rapidamente
para atender pedidos pendentes.
Harris diz que algumas medidas relativamente simples e baratas podem evitar que
o seu molde fique retido nas mãos de terceiros.
A primeira coisa a fazer é identificar o molde por erosão
ou gravação, em chinês, deixando claro que o molde é de sua propriedade. Se possível, a
gravação deve ser feita em lugares evidentes e, também, em lugares bem escondidos. A gravação
em lugar visível ajuda a evitar que terceiros tomem o seu molde e a gravação em lugar escondido ajuda
a prevenir contra eventuais tentativas de remover a sua marca.
Uma segunda medida a ser tomada é pedir ao
fabricante chinês que assine (e também ponha o carimbo apropriado) um contrato escrito em chinês, que deixa
claro que o molde é de sua propriedade e o que acontecerá caso ele deixe de devolver o seu molde. É muito
importante que o contrato seja redigido conforme as leis chinesas. Ou seja, o contrato tem de valer na China, porque é
onde uma eventual disputa judicial acontecerá para resolver o problema.
Uma terceira medida, é exigir
do fabricante chinês, se possível, um depósito que será devolvido quando se tiver o molde de volta.
Caso ele se recuse, o que acontece com frequência, a recusa pode ser usada como um ponto a mais para justificar uma
provisão para compensação perdas caso o molde não seja devolvido quando especificado. Esta provisão
incentivará o fabricante chinês a não reter o seu molde.
Fonte: IPESI
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