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Publicado em 05/10/2015
São necessários investimentos de R$ 7,66 bilhões até 2023 para universalizar a destinação
adequada dos resíduos sólidos no Brasil. Esta é a estimativa da Associação Brasileira de
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
Esse valor, segundo a entidade, representa
pouco mais da metade dos US$ 3,5 bilhões, ou aproximadamente R$ 14,3 bilhões, que o País deve gastar
nos próximos cinco anos com manutenção dos lixões existentes, tratamentos de saúde e degradação
ambiental, conforme apontou o estudo da ISWA (International Solid Waste Association), realizado por meio da parceria com a
Abrelpe.
"Considerando esses dois valores, concluímos que é mais barato investir em infraestrutura
para solucionar o problema da destinação inadequada de resíduos do que desperdiçar quase o dobro
de recursos em remediações por conta da permanência dos lixões no Pais", explica o diretor presidente
da Abrelpe, Carlos Silva Filho.
A pesquisa da ISWA aponta que esse montante de recursos pode ser desperdiçado
no caso da entrada em vigor dos projetos de lei que propõem a prorrogação até 2020 do fechamento
dos lixões, atualmente em tramitação no Congresso Nacional.
"O Brasil não pode aceitar
a permanência dos lixões e gastar bilhões de dólares, nos próximos cinco anos, em saúde
e no meio ambiente, que sofrem diretamente com esta situação. O País precisa priorizar o gerenciamento
de lixo em sua agenda política e no orçamento do governo, de modo a promover o fechamento de todos os locais
de destinação inadequada o mais rápido possível", afirmou o representante do Comitê Técnico-Científico
da ISWA, Antonis Mavropoulos
Segundo a Abrelpe, os R$ 7,66 bilhões que universalizariam a destinação
dos resíduos sólidos no Brasil, seguindo as determinações da Política Nacional de Resíduos
Sólidos, seriam investidos na implementação de um sistema cíclico, que abrange o maior aproveitamento
e recuperação dos materiais através da coleta seletiva, compostagem, reciclagem, recuperação
energética e disposição final em aterro sanitário.
Fonte: IPESI
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