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Publicado em 25/08/2015
Fonte: Estadão
O Brasil aderiu ao pacto anunciado em junho pelo G-7, o grupo das sete maiores economias do mundo, de não emitir mais gases do efeito estufa do que é capaz de reabsorver, a chamada descarbonização da economia. O anúncio foi feito ontem (20), durante a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, que tem liderado a iniciativa dos países desenvolvidos - o Brasil foi o primeiro emergente a se engajar na iniciativa.
"É muito importante que cada país faça o que é possível para limitar o aquecimento global em 2°C. O Brasil deu um enorme passo ao anunciar a descarbonização da sua economia até o fim do século. O compromisso do Brasil deve encorajar outros países a serem mais audazes", discursou Merkel. Em sua fala, a presidente Dilma Rousseff lembrou que já havia se comprometido, em junho, a zerar o desmatamento ilegal até 2030 e reflorestar 120 mil quilômetros quadrados da Floresta Amazônica. As metas mais ambiciosas do País pretendem pressionar não os emergentes, mas os países desenvolvidos para a Conferência das Partes (COP) de Paris, em dezembro, onde chefes de Estado tentarão um acordo para reduzir as emissões e controlar o aquecimento global.
"Brasil e Alemanha apoiam fortemente a adoção, em Paris, de um acordo ambicioso, duradouro, abrangente e juridicamente vinculante, que reflita o princípio das responsabilidades comuns, porém, diferenciadas, e respectivas capacidades, à luz de diferentes circunstâncias nacionais", diz a declaração Conjunta Brasil-Alemanha sobre Mudança do Clima divulgada ontem. "É um desafio muito maior para o Brasil, que já tem uma matriz energética e elétrica com base fortemente em energias renováveis. Para nós, o esforço é muito maior", explica o diretor de Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Adriano Santhiago de Oliveira.
Amazônia
Durante a visita, a chanceler anunciou uma linha de ¤ 582 milhões em financiamento e crédito para ações ambientais no Brasil - desses recursos, ¤415 milhões são apenas para ações de energia e eficiência energética. Outros 100 milhões de euros foram prometidos para o Fundo Amazônia até 2020 (para promover políticas de combate ao desmatamento, de proteção da floresta e de economia florestal sustentável). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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