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Publicado em 27/07/2015
Fonte: FOLHAPRESS
Maior município de Santa Catarina e com tradição no setor metal-mecânico, Joinville tinha atraído nos últimos anos grandes empresas, como a GM, que iniciou atividades em 2013, e a BMW – que abriu unidade em 2014 na vizinha Araquari. Agora, diante da crise econômica no país, o cenário é de incerteza e freio nas atividades.
Dados do Ministério do Trabalho apontam que o município perdeu quase 1.300 vagas na indústria de transformação no mês de junho. É o pior saldo pelo menos desde 2007.
A Fundição Tupy, maior empregadora da cidade, foi uma das que concederam férias coletivas. Desde junho, interrompeu as atividades na cidade catarinense e em Mauá (Grande SP), sob justificativa de implementar um novo sistema de gestão. Cerca de 4.100 empregados em Santa Catarina estão em esquema de revezamento.
A Tigre Tubos e Conexões, fundada em Joinville nos anos 1940, demitiu 165 funcionários de seus 1.800 trabalhadores no município.
Segundo o sindicato dos trabalhadores, para evitar cortes as empresas articularam acordos para redução de salários e jornada de trabalho. Ainda de acordo com os sindicalistas, esquemas de rodízios e antecipação de folgas do próximo ano estão em vigor em grandes empresas, como a Docol Metais Sanitários, a fabricante de compressores Schulz e a Ciser Parafusos. As indústrias evitam confirmar os detalhes.
Efeito cascata
Os mais afetados pela crise, no entanto, são os fornecedores das grandes indústrias, onde já há casos de falência. “As pequenas dependem das grandes. Muitas são prestadoras de serviços ou fornecedoras de subprodutos. É um efeito cascata”, diz Célio Valcania, da associação de microempresas da cidade.
“Estamos passando por uma redução forte no nível de consumo, especialmente nas linhas brancas de eletrodomésticos e veículos, para qual nossa indústria produz. Uma coisa vai puxando outra”, afirma.
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