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Publicado em 22/07/2015
Fonte: Inovação Tecnológica
Microlaboratórios
Na onda de um avanço tecnológico contínuo, os engenheiros estão querendo encolher não apenas os dispositivos que fabricam, mas também os próprios laboratórios.
Como a maior parte dos laboratórios - de química, biologia, ciências médicas etc. - trabalha com a manipulação de materiais líquidos, a ideia é colocar o laboratório inteiro dentro de um chip, criando microlaboratórios.
Essa tecnologia, conhecida como microfluídica, envolve lidar com quantidades muito pequenas de reagentes, o que facilita o trabalho, diminui os custos, aumenta a eficiência das reações, permite detectar moléculas com maior precisão, permite trabalhar com células individuais etc. etc. - o produto mais conhecido da microfluídica são os biochips.
O grande desafio é fazer essas micro - e até nanogotas - percorrerem os canais de forma precisa, contínua e confiável.
Agora, pesquisadores da Escola Politécnica de Zurique (ETH), na Suíça, desenvolveram uma técnica que utiliza ondas sonoras para fazer isso, movendo, misturando e até colocando as microgotas em ordem.
A técnica também funciona com células individuais e com moléculas de DNA.
Acustoforese
A técnica é chamada acustoforese, e se baseia no uso de ondas ultrassônicas estacionárias para mover gotas de 50 a 250 micrômetros através de um carreador líquido.
O mais interessante é que as gotas não se misturam com o meio líquido que serve de transportador. "Nesta escala, as gotas são muito estáveis porque elas são mantidas coesas pela tensão superficial," explica o professor Ivo Leibacher.
Quando as ondas ultrassônicas estacionárias são aplicadas no chip, as gotículas movem-se na crista da onda, o que não destrói as gotículas e não causa danos às células sendo manipuladas.
"Esperamos que esta tecnologia torne-se uma parte valiosa dos equipamentos de laboratório, permitindo experimentos com alto rendimento com um custo mínimo," disse Leibacher.
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