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Publicado em 07/11/2014
William Cândido Ribeiro é daqueles estudantes persistentes até o fim. Graduando no curso de Engenharia Elétrica do Câmpus Medianeira, ele construiu sua própria impressora 3D para conseguir realizar alguns de seus projetos. Um deles, o mais engenhoso, é uma mão robótica controlada por um sistema de eletroencefalograma (leitura de impulsos cerebrais). A mão faz parte do projeto aberto francês InMoov, um programa de colaboração e aperfeiçoamento de projetos, com mais 600 jovens construtores em todo o mundo.
E foi assim, pesquisando em plataformas abertas que encontrou a “sua mão”. “Tudo começou durante as férias de março de 2012. Queria montar um braço robótico, desses industriais. Após ver o dispositivo Emotiv Insight no site KickStarter, tive a certeza desse projeto. Poder controlar um braço ou uma mão robótica pelo cérebro, através do eletroencefalograma, deve ser muito legal!”, relembra.
O projeto funciona por comando de celular via Bluetooth, usando a placa desenvolvida pelo seu professor da UTFPR, Alberto Noboru. Os próximos passos do projeto serão adicionar, nos dedos, sensores de força em que será possível controlar a força que a mão faz ao segurar algum objeto e também implantar uma pulseira que capta os sinais dos músculos do braço. “É algo novo, diferente, interessante e que pode ajudar as pessoas a terem uma prótese robótica com um custo baixo”, avalia William.
Para aperfeiçoamento da sua mão robótica, ele contou com grande apoio da mãe para dar aspecto humano e inclusive inserir suas próprias digitais. “Minha mãe é Arte Terapeuta e desde sempre me deixou mexer um pouco com artes plásticas. Eu sabia que o látex e a borracha dariam uma cor e textura semelhante à pele humana, e o resultado me agradou bastante, pois seus detalhes foram excelentes”, relata.
Foi com o grande incentivo dos pais e do professor, que William está conseguindo desenvolver seu projeto com tanto desempenho. Mas não quer parar por aqui. “Tenho também um projeto chamado ‘Lixo Eletrônico’, onde faremos gincanas e oficinas tanto na universidade, quanto nas escolas da região, para incentivar a reciclagem, o reaproveitamento de diversos materiais e a consciência ambiental. Quero despertar o interesse de crianças, jovens e colegas pela eletrônica, e fazê-los enxergá-la com outros olhos”, pontua.
Confira um vídeo demonstrativo dos movimentos da mão mecânica.
Fonte: UTFPR
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