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Setor de máquinas e implementos espera nova queda em 2015

Publicado em 14/10/2014

Queda de preços de commodities e formação do novo governo devem influenciar negócios.

O setor de máquinas e implementos agrícolas deve registrar nova queda nos negócios no ano que vem. Foi o que afirmou nesta sexta-feira (10) Gilberto Zancopé, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo.

De acordo com Zancopé, a queda no ano que vem deve ser de 10%. Para o presidente da CSMIA, a tendência de queda nos preços de commodities agrícolas é um dos principais fatores negativos. No ambiente interno, a incerteza relacionada à formação do novo governo, independente de quem for eleito no dia 26 de outubro, é o ponto de preocupação.

"O começo do ano deve ser conturbado do ponto de vista político. Haverá necessidade de formação de equipes, mesmo que o atual governo seja reeleito", disse ele, na abertura do Seminário de Planejamento Estratégico Empresarial 2015, na sede da Abimaq, em São Paulo.

Se as projeções do setor forem confirmadas, será o segundo ano seguido de queda no desempenho anual. Para 2014, a expectativa é de retração entre 10% e 15%, "talvez 12,5%", disse Gilberto Zancopé.

Conforme o presidente da CSMIA, os fatores que levaram ao atual cenário são queda nos preços de grãos, dificuldades na obtenção de financiamentos e, mais recentemente, queda na demanda.

"Há recursos, mas não há propostas de negócios", disse ele, demonstrando otimismo para uma recuperação do setor a partir de 2016. "Uma hora vira. Não temos uma crise para administrar e a tendência de longo prazo é positiva", acrescentou.

Apartidária

Ao falar sobre o cenário eleitoral, Gilberto Zancopé destacou que a indústria de máquinas é apartidária e pretende trabalhar em parceria, independente do governo a ser formado a partir de 2015.

"Oposição quem faz são os partidos. Nossa missão é ganhar dinheiro. Temos que ajudar os governos a governar bem para toda a sociedade", disse.

Fonte: Raphael Salomão/ Globo Rural

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