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Publicado em 14/07/2014
Os país pode investir nos setores de transportes, energia e alimentos durante a passagem do presidente Xi Jinping ao Brasil nesta semana, por ocasião do encontro do Brics
A China deve anunciar investimentos nos setores de transportes, energia e alimentos durante a passagem do presidente Xi Jinping ao Brasil nesta semana, por ocasião do encontro do Brics, em Fortaleza. Os investimentos em projetos de infraestrutura, que podem incluir estradas de ferro, usinas de energia elétrica e exploração de petróleo, devem beneficiar ambas nações, de acordo com o presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, Charles Tang.
"A China tem grande interesse nas commodities brasileiras, portanto, quer investir em estradas no Brasil para reduzir o custo do transporte", disse Tang. "É uma situação em que os dois lados ganham, porque o governo brasileiro quer atrair investimentos para a infraestrutura", disse.
Os líderes dos Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - também devem anunciar progressos relacionados ao banco de desenvolvimento e ao Arranjo Contingente de Reservas (CRA), um fundo para socorrer nações durante crises.
Mas o relacionamento do Brasil com a China deve ser o foco da vinda do líder chinês ao País. Após a conclusão do encontro dos Brics na quarta-feira, Xi permanecerá no Brasil para uma visita de Estado.
O ministro do Desenvolvimento e Comércio do Brasil, Mauro Borges disse que ambas nações estão em busca de um canal de interação econômica. O Brasil quer exportar mais produtos de maior valor agregado para a nação asiática. A China é o maior parceiro comercial do Brasil, tendo importado US$ 21,8 bilhões do Brasil no ano passado, em sua maioria minério de ferro e soja.
"A China continuará a ser um parceiro importante" em commodities disse Borges, mas "queremos ampliar a pasta de nossas exportações" para o país asiático.
Os líderes chineses e empresas estatais vêm durante anos firmando acordos na área de recursos naturais no mundo, segundo a diretora do programa China e América Latina para a consultoria Inter-American Dialogue, Margaret Myers.
No passado, as companhias chinesas ingressaram em compras de terras, minas e outros ativos relacionados a recursos naturais, o que, por algumas vezes, alarmou alguns países preocupados com a segurança nacional. A reação negativa causada, que incluiu a imposição pelo Brasil de um limite nas compras por estrangeiros, mudou a tática chinesa, notou Margaret. As companhias chinesas estão agora adquirindo, por exemplo, fábricas de processamento, ao invés de adquirir fazendas produtoras de soja, diz a pesquisadora.
As companhias chinesas já têm um papel importante no desenvolvimento do pré-sal, o que a Petrobras não pode fazer sozinha. Em outubro, o Brasil vendeu o direito de exploração de um campo para o consórcio formado pelas duas maiores empresas de energia da China, a Cnooc e a China National Petroleum, pela Royal Dutch Shell, Total e Petrobras.
O ministro brasileiro disse que um contrato para a venda de aeronaves brasileiras para companhias áreas chinesas deve ser assinado durante a visita de Xi.
Fonte: AGÊNCIA ESTADO
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