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Publicado em 25/06/2014
Quatro pontos cruciais para o bom desenvolvimento das relações
Um tema que é presente e sempre atual nas relações interpessoais é o conflito, e ainda mais quando se trata de conflitos de liderança. A impactante diferença entre gerações tem trazido a tona frequentes reflexões a respeito. Nas organizações, isto ganhou destaque e recebeu uma especial atenção de estudiosos que, a partir de teorias e pesquisas que estão ampliando as percepções do comportamento humano, o denominaram Gestão de Conflitos.
Trata-se de um conjunto de técnicas para mapear e gerenciar conflitos entre indivíduos, grupos e empresas, que abrangem técnicas de negociação. Mas antes de falarmos sobre o outro, o ambiente ou a situação, quero propor uma reflexão sobre a nossa posição diante dessas situações, como nós contribuímos para gerá-la e como podemos lidar positivamente com tais elas dentro do cenário de convivência entre lideres de gerações distintas.
A nossa relação com os outros constitui nossa personalidade, pois nós só existimos em relação aos outros. As novas gerações vêm conquistando cada vez mais cargos de liderança e, por vezes, seus subordinados são mais velhos, mais experientes e menos receptivos. Este universo é repleto de muitas dificuldades em relação às lideranças e diferentes gerações trabalhando juntas. Confira 4 pontos cruciais para o bom desenvolvimento destas relações:
Paixão
Ter pessoas apaixonadas pelo que fazem é imprescindível para se obter o melhor resultado. Então, como fazer para imbuir cada um dos diferentes perfis neste espírito de paixão? Vamos lembrar que os Baby Boomers são apaixonados pela bandeira da empresa. Para estimular paixão no coração desta geração, uma boa maneira é o reconhecimento público por meio de um prêmio que valorize sua dedicação.
Para a geração X, que valoriza estabilidade financeira, a melhor maneira de manter o interesse aceso é lembrar-lhes do plano de carreira e a possibilidade de continuar crescendo onde está. Já a geração Y, que considera o trabalho uma fonte de satisfação e aprendizado, vale oferecer-lhes os benefícios de um belo plano de treinamento e desenvolvimento.
Ambiente
Os Baby Boomers gostam de ambientes organizados, metódicos e com uma clara divisão de áreas. Já os profissionais da Geração X preferem o ambiente que estimule a independência e o empreendedorismo como fonte de inspiração, através de quadros com metas, gráficos com indicadores e outros meios que mostrem que ele está em desenvolvimento rumo a seu objetivo. A Geração Y produz melhor em ambientes descolados, de preferência sem previsibilidade, ou seja, nada de mesas fixas.
Palavra
O uso da palavra imprime a forma com que cada líder lida com a Gestão das pessoas e suas consequências, independente da geração.
Entre os Baby Boomers, que têm dificuldade de lidar com a perda de status e poder, é comum nos depararmos com lideres que tem muita dificuldade em mudar de opinião e, principalmente, assumir isso. Eles acreditam que liderar é comandar e controlar, e por isso acabam distanciando principalmente a geração Y no trabalho em conjunto.
A Geração X trabalha a linguagem como ferramenta para garantir seu espaço no mercado, pois ele teme perdê-lo para a Geração Y e usa todas os mecanismos para garantir o seu comprometimento com os objetivos da empresa. Um ponto muito forte desses lideres é que, quando assumem este papel, procuram valorizar as competências dos seus liderados e de seus pares.
Os lideres da Geração Y são impulsivos e às vezes usam as palavras para enfrentar sem medo outras posições de poder. Alguns líderes desta geração precisam trabalhar a limitação no uso da palavra falada, pois tendem a utilizar a comunicação digital na maior parte do tempo.
Alianças
Por conta de serem competitivos, os Baby Boomers utilizam alianças para estabelecer parcerias que lhes tornem mais fortes em relação aos concorrentes.
Os lideres da Geração X, que tem um perfil muito empreendedor, utiliza toda a perspicácia para estabelecer relações comerciais e costumam se dedicar muito para as alianças estabelecidas darem certo.
A Geração Y, entretanto, já procura estabelecer parcerias que otimizem seu trabalho para queconsigam ter mais tempo para atender suas necessidades e desejos. Eles amam desafios e querem fazer tudo à própriamaneira, com o mínimo de burocracia, evitando atividades rotineiras e controle excessivo.
A prática para assessorar e assistir este desenvolvimento intergerações e suas conquistas é a utilização de um planejamento que contemple:
- Estimular pessoas a entender os diferentes estilos de trabalho. Por exemplo, os Baby Boomers não gostam de ser gerenciados em detalhes, já os da d Geração Y preferem receber instruções específicas.
- Levar em conta os valores de cada geração. Os Baby Boomers têm espírito de equipe, a Geração X precisa agir de forma isolada e a Y valoriza equipes abertas e honestas.
- Incentivar o diálogo. Pessoas da geração Baby Boom podem não gostar da informalidade dos indivíduos da Geração Y. Estes podem se incomodar se seus insights não forem valorizados.
- Buscar o melhor de cada geração. Baby Boomers podem ser bons mentores, já os profissionais da Geração Y são úteis na hora de encontrar soluções criativas.
- Busque pontos em comum. As Gerações X e Y valorizam a flexibilidade, e os Baby Boomers e Y dão grande importância ao treinamento.
- Estimule o aprendizado com os demais. A sabedoria é uma característica dos Baby Boomers, a Geração X aprecia a lealdade e a Y está atenta às tendências do mercado.
O mais importante é ter a consciência da importância de planejar iniciativas para estimular o vinculo dos relacionamentos, para que, dessa forma, os resultados cheguem com facilidade.
Fonte: Allessandra Ferreira / Callcenter.
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