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Grupo Hübner negocia fábricas com 4 estados

Publicado em 03/06/2014

Empresa paranaense começa a construir no segundo semestre um complexo para a produção de autopeças e implementos rodoviários. Novas unidades devem gerar 900 empregos

O grupo paranaense Hübner, que produz autopeças e implementos rodoviários, negocia com quatro estados a implantação de um complexo de fábricas que será construído a partir do segundo semestre. A opção favorita dos diretores é o Paraná, onde o grupo nasceu e tem várias unidades, mas os laços “emocionais” não serão suficientes para garantir que o investimento fique mesmo em terras paranaenses. O local do terreno de 1 milhão de metros quadrados que abrigará o novo complexo será definido em até 60 dias, e só então será revelado o valor do investimento.

Como somos daqui, damos preferência ao nosso estado, mas são várias situações que podem interferir na escolha. Procura­mos um local que nos coloque em igualdade de condições com nossos concorrentes”, destaca o diretor executivo do grupo, Nelson Hübner Jr. Os três concorrentes do Paraná são mantidos sob sigilo; o executivo confirma apenas que um é da Região Sul, um do Sudeste e o terceiro, do Centro-Oeste.

Perspectivas

Companhia espera crescer 20% ao ano

O Grupo Hübner fechou o ano de 2010 com um faturamento de R$ 316 milhões, quase o dobro do obtido no ano anterior (R$ 161 milhões). A expansão foi forte, mas se deu sobre uma base de comparação deprimida – de 2008 para 2009, as receitas haviam caído quase 40% em decorrência da crise econômica mundial, que afetou a atividade da empresa.

A expectativa é que nos próximos cinco anos a receita cresça à taxa média de 20% ao ano. “O ano de 2010 foi bastante positivo, conseguimos nos recuperar do baque da crise e ainda tivemos um forte aumento. A previsão para 2011 também é positiva, mas estamos cautelosos, já que várias influências, internas e externas, podem acabar freando um pouco a economia”, afirma.

O que preocupa o grupo são as exportações da empresa, que diminuíram bastante ao longo dos últimos anos. Cinco anos atrás, 18% do que era produzido pela Hübner era vendido ao mercado externo; em 2010, esta taxa não passou de 5%.

A questão da exportação está bastante atrelada à taxa cambial. Esperamos que o governo tome medidas para aumentar a competitividade e fortalecer a indústria nacional”, ressalta.

Parâmetros

A empresa diz que já mantém diálogo com o governo do Paraná, que oferece vantagens tributárias ao grupo dentro do programa Paraná Competitivo. “Já tivemos algumas conversas com o governo e a receptividade foi muito boa. Os representantes do governo têm vontade de trazer esses investimentos para o Paraná, mas sabemos que o estado tem seus limites”, explica Hübner Jr.

O diretor afirma, porém, que o grupo não busca apenas benefícios fiscais. Também vão influenciar a escolha questões como facilidades logísticas e disponibilidade de mão de obra. “Precisamos de rodovias de grande circulação e de um porto por perto. Caso os parâmetros entre os estados sejam parecidos, ficaremos com o Paraná”, ressalta.

O novo complexo industrial será composto por uma fábrica para produção de conjuntos e subconjuntos metálicos para a indústria de automóveis; uma unidade de conjuntos e subconjuntos de peças de aço de grande porte; uma fábrica em parceria com a italiana Menci para produzir implementos rodoviários em alumínio; e uma linha de equipamentos para implementos rodoviários em parceria com outra empresa estrangeira, cujo nome não pode ser divulgado em razão de um acordo de confidencialidade.

O início da construção do complexo está previsto para o segundo semestre e a inauguração, para o início de 2013. De acordo com o planejamento, as novas unidades vão gerar 900 empregos – atualmente a Hübner emprega 1,4 mil pessoas.

O grupo tem hoje uma fábrica de implementos rodoviários em Araucária (região metropolitana de Curitiba), duas fundições de ferro fundido em Ponta Grossa (Campos Gerais) e uma unidade de industrialização de biomassa em Jaguariaíva (Norte Pioneiro). Há ainda uma fundição de alumínio em Blumenau (SC) e uma siderúrgica em São Gonçalo do Pará (MG).

China

A empresa diz estar de olho em oportunidades em âmbito internacional – tanto que o grupo já montou uma estrutura técnica e comercial na China, no começo deste ano. “Queremos conhecer a estrutura local e desenvolver fornecedores no país. Estamos nos acostumando com a cultura e os costumes da China, além de observar oportunidades para que possamos dar futuros passos no país”, destaca o diretor. O empresário não descarta a possibilidade de abrir uma unidade na China no futuro.

Ações

Outro plano da Hübner é se preparar para que nos próximos anos a empresa se transforme em sociedade anônima. Ela profissionalizou a sua administração e trabalha para que, daqui a três ou quatro anos, esteja pronta para abrir capital. “Não é o objetivo principal das nossas atividades, mas queremos nos preparar para que no médio prazo possamos definir se lançamos ações no mercado. Como isso não é algo que se faz da noite para o dia, estamos promovendo esta preparação”, diz Hübner Jr.

O grupo Hübner participa dos Grupos de Trabalho da Articulção da Rota Estratégica do Setor Metal-mecânico. Conheça a Rota Estratégica para o Futuro da Indústria Paranaense – Roadmapping de Metal Mêcanica (Frente, Verso). Para mais informações sobre os grupos acesse. Mais informações pelo telefone 41 3641-7646 ou pelo e-mail observatorios.rota.metalmecanica@fiepr.org.br

Fonte: Gazeta do Povo / João Pedro chonarth

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