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Liga metálica com memória sempre volta ao formato original

Publicado em 20/11/2013

O segredo da durabilidade da liga metálica ativa está em uma estrutura com uma trama parecida com a de uma folha.

Memória metálica

Um novo metal com memória de forma promete ampliar de vez a utilização desses metais inteligentes, graças a um ganho inédito em termos de durabilidade.

A liga metálica, de um tipo conhecido como martensita, é formada por cristais que possuem dois arranjos atômicos diferentes, alternando facilmente entre eles pela aplicação de calor - ao se resfriar, ela volta à estrutura original.

O material pode mudar de forma dezenas de milhares de vezes sem se degradar, ao contrário da tecnologia existente, que tem vida útil curta.

Mas, mesmo com suas deficiências, os materiais atuais têm sido utilizados em várias aplicações.

Os exemplos incluem orientar automaticamente os painéis solares no Telescópio Espacial Hubble e ajustar a saída das turbinas do Boeing 787 Dreamliner, criando um padrão no bordo de fuga da carenagem do motor conhecido como chevron, tornando o avião mais silencioso.

Mas há também aparelhos metamórficos, robôs que resistem a marteladas e pisoteios e até sapatos femininos inteligentes.

O problema dessas martensitas é que, depois de repetidas mudanças de forma, elas acumulam tensões em seu interior, degradando-se até, eventualmente, quebrarem-se.

Materiais ativos

Atualmente, os metais com memória de forma são feitos de uma mistura de níquel e titânio.

A nova liga foi feita de uma mistura de zinco, ouro e cobre.

Mudando de formato quase indefinidamente, com quase nenhum dano interno, a nova liga abre um novo leque de aplicações para esses "materiais ativos".

O objetivo dos pesquisadores agora é aplicar as lições aprendidas com a nova liga metálica para criar uma família de materiais cerâmicos sólidos que também tenham memória de forma.

"O verdadeiro avanço é fazer transformações reversíveis que possam ser aplicadas em muitas situações," disse o professor Richard James, da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.

"Você pode fazer dispositivos que convertem calor em eletricidade diretamente. Eles poderiam usar o calor residual de computadores e telefones celulares para recarregar a bateria e tornar os aparelhos mais eficientes," prevê o pesquisador.

Fonte: BBC / Inovação Tecnológica

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